Há novas regras nos Certificados de Aforro (e já entraram em vigor). Produto de poupança volta a ganhar terreno aos depósitos bancários

Entraram esta segunda-feira em vigor novos limites que permitem colocar mais dinheiro em certificados de aforro. Desta vez, o Governo não mexeu nos juros, mas este produto de poupança do Estado já começa a ser mais atractivo do que os depósitos bancários.

 

Segundo a Renascença, foi alargado o tecto máximo de subscrição por aforrador. Na série F duplicou, de 50 mil para 100 mil euros. Quando acumuladas, as séries E com a F, os limites passam de 250 mil para 350 mil euros.

Em 2023, depois da procura por certificados de aforro ter disparado, o anterior executivo tinha limitado os montantes, mas também diminuiu a taxa de remuneração. No diploma publicado em Diário da República, não há alterações nos juros, mas o Estado já começa a pagar mais do que os bancos. Os certificados garantem uma taxa de juro de 2,5% à cabeça, que pode chegar no final do prazo aos 4,25%, com prémios de permanência.

A tendência na banca é de descida dos juros pagos pelos depósitos, em linha com o Banco Central Europeu, que está também a descer as taxas de juro diretoras. Há muitos bancos que ainda oferecem depósitos com remunerações acima de 2,5%, mas por tempo limitado e, normalmente, associadas a novas contas. A remuneração máxima encontrada ronda os 3,5%.

Os certificados de aforro podem ser subscritos aos balcões dos CTT, na aplicação AforroNet ou no Banco de Investimento Global (BIG). O governo aprovou ainda o aumento, de 10 para 20 anos, do prazo de prescrição para a reclamação do investimento, em caso de morte do aforrador.

O executivo vai ainda esclarecer que tipo de entidades financeiras podem vender certificados de aforro e actualizar o modelo de subscrição de séries antigas. Todas estas alterações ainda têm de ser publicadas em Diário da República, antes de entrarem em vigor.

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