Parlamento aprova regime que alarga o universo de empresas em condições de aderir ao IVA de caixa

A proposta que autoriza o Governo a alargar o regime do IVA de caixa às empresas com uma facturação anual até dois milhões de euros foi hoje aprovada com a abstenção do PS.

 

Além desta iniciativa que foi votada na generalidade, que não teve votos contra, os deputados votaram também um projecto do PCP que alarga o universo de empresas em condições de aderir ao IVA de caixa, e que defendia a proteção das micro, pequenas e médias empresas perante situações de créditos incobráveis ou de cobrança duvidosa, mas a medida foi rejeitada com os votos contra do PSD, PS, Chega e CDS-PP, com os restantes a votarem a favor.

O IVA de Caixa permite que as empresas apenas paguem o IVA ao Estado quando efetivamente o recebem dos seus clientes, no prazo máximo de 12 meses após a emissão da factura.

O regime actualmente em vigor, que é de adesão voluntária, pode ser usado por empresas com facturação até 500 mil euros com a proposta do Governo a permitir que possam aceder empresas com faturação até dois milhões de euros.

Na exposição de motivos, a proposta do Governo refere que a Diretiva que enquadra o IVA foi alterada em 2020, fixando em dois milhões de euros o limiar máximo do volume de negócios para enquadramento no regime de IVA de caixa e prescindido de consulta (pelos Estados-membros) ao Comité do IVA.

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