Neste país, os avós podem receber subsídio para cuidar dos netos
Os pais na Suécia podem agora transferir os dias de licença parental remunerada para pessoas que não sejam tutores legais, incluindo avós e amigos, noticia a Euronews Next.
Em 1974, a Suécia foi o primeiro país a introduzir a licença parental remunerada também para os pais. De acordo com a Segurança Social sueca, hoje, os pais gozam cerca de 30 por cento da licença parental remunerada.
Agora, 50 anos depois, os avós na Suécia podem ser pagos para cuidar dos netos. A reforma da licença parental do governo sueco, implementada a 1 de Julho, permite a transferência de dias de licença parental remunerada para familiares ou amigos.
Um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e promoção da igualdade de género
A agência de segurança social da Suécia, Försäkringskassan, afirma que o novo regime deverá proporcionar mais flexibilidade às famílias. As novas regras de licença parental permitem que os pais transfiram até 45 dias da sua licença remunerada para alguém que não seja o tutor legal da criança, desde que a pessoa esteja segurada para receber subsídio parental, o que acontece com a maioria dos cidadãos naquele país. Para os pais solteiros, podem ser transferidos até 90 dias por filho do total de 480 dias de licença remunerada.
«O objectivo da nova lei é dar mais flexibilidade e maiores oportunidades aos pais e facilitar a conciliação da vida familiar com a vida profissional. Além disso, a nova reforma dá maiores oportunidades, por exemplo, aos tutores solteiros e também disponibiliza a licença parental a uma maior diversidade de tipos de família, o que contribuirá para promover a igualdade de género», disse à Euronews Next Stefan Forsberg, director de Operações do Seguro Parental da Försäkringskassan.
A nova regra permite que até os pensionistas possam gozar de licença parental, por exemplo, sendo neste caso a remuneração baseada na pensão da pessoa. O beneficiário do subsídio parental não pode procurar trabalho ou estudar durante o período em que recebe o subsídio parental.
Até ao final de Agosto, cerca de 1456 pessoas tinham transferido dias para alguém que não era considerado guardião legal, deu nota a Segurança Social sueca.