Paulo Bastos, Simoldes: «Os (muitos) desafios das lideranças. Estão preparadas?»
Paulo Bastos, Human Resources manager da Simoldes, destaca que «o mercado de trabalho actual exige cada vez mais agilidade, adaptabilidade, flexibilidade, isto é, capacidade de responder rapidamente às mudanças e aos ambientes incertos, em constante transformação, e adaptação das estratégias à medida que novas tendências e desafios surgem».
«Uma das perguntas do LV Barómetro Human Resources é se as lideranças estão capacitadas para responder ao novo paradigma do mundo do trabalho. Este é um dos temas mais críticos no contexto actual, e os líderes estão cada vez mais conscientes das mudanças e da necessidade de adaptação para enfrentar os novos desafios impostos pelas transformações tecnológicas, sociais e culturais.
Desde logo, a adaptação tecnológica – linteligência artificial, automação, ferramentas de colaboração digital; a transição para modelos de trabalho remoto ou híbrido é uma das evidências de que os líderes devem estar preparados para manter a coesão das suas equipas e a produtividade dos seus colaboradores, desenvolvendo competências de comunicação virtual eficazes e de motivação de equipas mais dispersas.
Investir numa cultura de empatia e de foco no bem-estar emocional e mental dos colaboradores, na segurança e saúde dos colaboradores, numa abordagem mais humana, que permita um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, pode ser um dos factores mais interessantes para as actuais lideranças e potenciador de melhores resultados e de mais compromisso com as organizações. Tal como a inclusão de diferentes gerações, culturas e perspectivas, quiçá o maior desafio ao nível organizacional, em que os líderes deverão potenciar o melhor de cada um e promover um ambiente mais informal, mais “saudável”, de respeito e de confiança entre todos, para que cada colaborador se sinta incluído e parte integrante da empresa e dos seus resultados.
Por outro lado, o mercado de trabalho actual exige cada vez mais agilidade, adaptabilidade, flexibilidade, isto é, capacidade de responder rapidamente às mudanças e aos ambientes incertos, em constante transformação, e adaptação das estratégias à medida que novas tendências e desafios surgem. É necessário apostar em métodos e modelos flexíveis de gestão, para potenciar a inovação e a capacidade de resposta aos desafios e oportunidades. Neste novo paradigma, as lideranças vão exigir um compromisso constante com a aprendizagem e com o desenvolvimento do conhecimento e das competências, envolvendo-se em programas de desenvolvimento contínuo, em todos níveis e estruturas de management, por forma a tornarem-se mais capacitados ao nível tecnológico, de gestão e de desenvolvimento de soft skills. Promover uma cultura informal e descentralizada, com líderes mais colaborativos e transparentes, permite um maior empoderamento das equipas e favorece a participação, a autonomia e a confiança dos colaboradores.
Por último, o novo paradigma do trabalho também exige a integração de uma visão sustentável dos negócios, considerando o impacto social, a sustentabilidade, a responsabilidade ambiental e os resultados a longo prazo, impactantes para o mercado e para as novas gerações. Em suma, para terem mais sucesso, as lideranças actuais e futuras deverão investir em empatia, flexibilidade, agilidade, adaptabilidade, liderança inclusiva e conhecimento tecnológico. Existe, assim, a necessidade de investirem continuamente na sua formação e na reformulação de práticas de gestão que possam atender melhor às novas expectativas do mercado de trabalho, promovendo ambientes mais colaborativos, inclusivos e centrados no bem-estar humano e no desenvolvimento sustentável.»
Este testemunho foi publicado na edição de Outubro (nº.166) da Human Resources, no âmbito da LV edição do seu Barómetro.
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