Os Recursos Humanos não são resposta para todos os problemas dos colaboradores. Há (pelo menos três) situações que não conseguem resolver

Embora os responsáveis de Recursos Humanos possam ajudar (e muito), nem sempre conseguem resolver todos os problemas do colaborador. Amy Lentz, Chief People Officer da Toms Shoes, há quatro anos e responsável pela gestão de Pessoas, partilha com o Business Insider três situações em que tal se aplica.

 

Por muito que queiram ajudar, e parte da sua missão é essa, os responsáveis de RH nem sempre conseguem fazer milagres.

Os RH não podem tomar decisões sozinhos

Cada departamento de RH é gerido de forma diferente, pelo que, embora as tarefas de RH possam variar, os RH não são normalmente uma entidade de tomada de decisão, mas sim de recomendação.

Se um colaborador quiser uma promoção e o seu gestor disser que não, poderá ir aos RH e pensar: “Vou conversar com os RH e depois eles poderão decidir sobre a minha promoção.” Não é assim que funciona.

Da mesma forma, por vezes há a percepção de que são os RH que aprovam salários. Normalmente, os RH são o mensageiro dos orçamentos, mas não são quem decide. Podem fazer recomendações claro, mas, em última análise, outra pessoa irá tomar essa decisão, como a liderança executiva ou o departamento financeiro.

Os RH não podem garantir o seu crescimento

Pode querer crescer na sua função ou ganhar mais dinheiro, mas os RH não podem simplesmente estalar os dedos e fazer com que isso aconteça.

O melhor que pode fazer é saber o que quer. Se manifestou vontade de crescer e não conseguiu demonstrar o seu valor, converse com o seu manager no momento da avaliação de desempenho.

Os responsáveis de RH devem ser transparentes sobre se uma promoção é viável ou não. Se a empresa não é rentável, se houve um congelamento de contratações ou se o manager directo deu feedback relacionado com o desempenho e não houve tempo suficiente para mostrar melhorias, então não é o momento certo para perguntar.

Os RH não o podem defender sozinhos

Muitas vezes os profissionais assumem que o chefe ou os RH virão ter com eles com promoções ou oportunidades, mas os RH não podem simplesmente arranjar-lhe um emprego ou uma promoção – tem de lutar por isso.

Profissionais que criam planos de crescimento e são proactivos avançam mais rapidamente do que aqueles que são passivos. Perguntam-se: “o que é que eu quero? Onde estou agora? Para onde quero ir?”. E elaboram um plano para lá chegar e manifestam isso em voz alta.

Quando começa numa nova empresa, marque uma reunião com os RH para saber quais os recursos disponíveis. Pergunte sobre o processo de avaliação de desempenho, recursos para o crescimento e desenvolvimento, se existe um programa de mentores e quaisquer oportunidades que os RH ofereçam aos colaboradores que não possam ser divulgadas.

Os RH não podem fazer tudo por si, mas podem ajudá-lo da melhor forma possível se também fizer a sua parte.

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