Esta é a geração mais satisfeita com o trabalho (vai surpreender)

O mais recente estudo da ManpowerGroup «Global Talent Barometer 2024», que avaliou 12 indicadores-chave, distribuídos por três índices – Bem-Estar, Satisfação no Trabalho e Confiança, revela que os Baby Boomers são os mais satisfeitos no trabalho e mulheres da Geração Z enfrentam mais desafios.

 

O índice Global de Bem-Estar obteve uma pontuação de 64% e os Baby Boomers destacam-se como os mais satisfeitos, com uma pontuação de 77%. Esta é a geração onde uma maior percentagem de trabalhadores (85%) considera o seu trabalho significativo e com propósito. Em contraste, a Geração Z, particularmente as mulheres (77%), apresentam o menor grau de identificação com o propósito do trabalho. Este grupo, em geral, tem expectativas mais elevadas neste âmbito.

Em termos de alinhamento com os valores e visão da empresa, destacam-se as Gerações Z e Baby Boomers, com 72% e 73%, respetivamente, enquanto a Geração X revela um sentimento menos acentuado, com 68%.

As mulheres, em todas as gerações, apresentam índices ligeiramente inferiores aos dos homens (69% contra 72%). Quanto ao stress diário, são as mulheres quem relata níveis superiores, com mais de metade das trabalhadoras a admitirem sentir-se frequentemente stressadas, exceto no caso das Baby Boomers. No equilíbrio entre vida pessoal e profissional, as mulheres mostram-se também menos otimistas, com 62% a sentirem que conseguem conciliar bem essas áreas, comparado com 67% dos homens. A Geração Z é a que revela uma maior satisfação com este equilíbrio, com 73% dos homens e 67% das mulheres a expressarem uma boa gestão entre trabalho e vida pessoal.

O Índice De Satisfação no Trabalho obteve uma pontuação global de 63%, com homens e mulheres apresentem índices semelhantes de satisfação com o seu trabalho atual. Apesar destes resultados, 30% dos trabalhadores consideram mudar de emprego nos próximos seis meses. Este desejo é mais pronunciado entre os homens da Geração Z, com quase um em cada dois trabalhadores (49%) a planearem essa mudança.

Embora os níveis de segurança no emprego sejam consistentes entre sexos, as mulheres demonstram menor confiança em encontrar um novo trabalho nos próximos seis meses (56% face 61%) e em contar com os seus managers para promoverem o seu desenvolvimento (61% contra 69%). As gerações Z e Millennial mostram mais incertezas relativamente à segurança no emprego actual (63% e 67%, respectivamente), mas também são as mais optimistas quanto à capacidade de encontrar uma nova oportunidade (66% e 64%, respectivamente). Por outro lado, a Geração X apresenta os índices mais baixos de confiança nos gestores, com destaque para as mulheres desta geração, que registam apenas 56%.

O Índice de Confiança obteve uma pontuação global de 74%, com as mulheres a apresentarem índices de confiança mais baixos do que os homens (72% contra 76%), sendo as oportunidades de desenvolvimento de carreira e novas competências as áreas em que esta diferença é mais acentuada. Além disso, as Gerações X e Millennial apresentam também um nível inferior de confiança nas oportunidades de desenvolvimento de carreira, com um resultado de 52%.

As mulheres da Geração X apresentam os índices mais baixos neste contexto, com 48% de confiança no desenvolvimento de carreira e 68% nas novas competências. Inversamente, são os homens da Geração Z e Millennial a apresentar os indicadores mais elevados neste âmbito, com 78% de confiança nas oportunidades de desenvolvimento de carreira.

Na análise sectorial, os trabalhadores dos setores de Finanças e Imobiliário e de Tecnologia de Informação são os que apresentam uma pontuação mais elevada no Índice Global do Talent Barometer e os trabalhadores de Bens e Serviços de Consumo, a pontuação mais baixa.

O sector das Finanças e Imobiliário destaca-se com os maiores índices de Bem-Estar, enquanto Bens e Serviços de Consumo registam os valores mais baixos. Em Saúde e Ciências da Vida, 87% dos trabalhadores consideram o seu trabalho significativo, mas este sector, juntamente com o de Tecnologias de Informação, apresenta os níveis mais altos de stress diário.

No equilíbrio trabalho-vida, Tecnologias de Informação e Finanças e Imobiliário lideram, com 74% e 73%, respectivamente, enquanto Saúde e Ciências da Vida e Bens e Serviços de Consumo ficam nos 62%.

Na Satisfação, Tecnologias de Informação e Bens e Serviços de Consumo destacam-se pelas maiores intenções de mudança de emprego (44% e 33%). Contudo, os trabalhadores de Tecnologias de Informação mostram maior optimismo em encontrar novas oportunidades (68%), seguidos por Finanças e Imobiliário (64%).

Por outro lado, o sector da Saúde e Ciências da Vida lidera na segurança no emprego atual (74%), enquanto que nas Tecnologias de Informação e Serviços de Comunicação, os trabalhadores revelam a menor segurança, com 64 e 62% respectivamente.

No que respeita à Confiança, Tecnologias de Informação apresentam a maior pontuação (80%), enquanto Bens e Serviços de Consumo e Logística, Transportes e Automóvel têm os índices mais baixos. Em todos os sectores, os trabalhadores revelam muita confiança nas suas competências para desempenhar a função, sendo que no sector de Finanças e Imobiliário é onde se observa o maior optimismo (91%).

Não obstante, quando se analisa a confiança no desenvolvimento de carreira dentro da empresa, os trabalhadores são menos optimistas, em especial nos sectores de Bens e Serviços de Consumo e Saúde e Ciências da Vida, onde 36% e 34%, respectivamente afirmam ter falta de oportunidades de promoção na sua empresa.

Relativamente às oportunidades de desenvolvimento de competências, os sectores de Finanças e Imobiliário e Tecnologias de Informação também demonstram uma maior confiança, um resultado que se inverte no caso dos Bens e Serviços de Consumo e Transportes, Logística e Automóvel, com um em cada cinco trabalhadores a revelar pouca confiança nessas oportunidades.

O estudo Talent Barometer 2024 é uma ferramenta que mede o bem-estar e a satisfação profissional dos trabalhadores com base em 12 indicadores-chave, agrupados em três índices: Bem-Estar, Satisfação no Trabalho e Confiança. A pesquisa envolveu mais de 12 mil trabalhadores a nível global, em 16 países.

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