Humor no trabalho: um guia prático (sem meter a “pata na poça”)

Colegas de trabalho engraçados mantêm o trabalho interessante e ajudam a aliviar o ambiente. Todos gostam deles, mas muitas piadas e histórias ridículas podem tornar-se estranhas (ou exageradas quando ultrapassam os limites), alerta o Business Management Daily.

 

Qual é a fórmula certa para usar o humor no escritório? Para começar, ser engraçado no trabalho significa compreender o momento e o lugar certos para o humor. É avaliar o seu público para determinar quem aceita (ou não) uma piada – sabendo o que é apropriado e o que não é. Se uma piada pode ter um impacto negativo no bem-estar de alguém, não vale a pena correr o risco.

No entanto, o humor é essencial. Uma piada bem feita marca pontos e constrói relações valiosas. Já a piada errada pode colocá-lo em apuros com os RH. Por isso o sentido de humor (ênfase no “sentido”) tornou-se uma competência crítica no local de trabalho.

O Business Management Daily explica como ser engraçado no trabalho sem se meter em problemas.

O humor no local de trabalho não é como em casa

O trabalho pode ser um lugar estranho. Alguns gestores e executivos seguem a linha do humor impróprio para o trabalho, mas ficam perturbados quando os seus subordinados fazem o mesmo. A cultura da empresa pode ser menos politicamente correcta do que consta no manual do colaborador, mas não deve afectar a sua conduta. O seu humor nunca deve sair do que é apropriado no trabalho.

Ser profissional significa manter o seu humor dentro dos limites “seguros”:

  • Não use palavrões como usa em casa
  • Não faça piadas gráficas ou menção a partes íntimas, por mais engraçadas que
  • Não grite ou faça ruídos estranhos
  • Não seja negativo ou use sarcasmo exagerado
  • Não recorra a insultos pessoais
  • Não fale sobre outras pessoas

Mais uma vez, deve preocupar-se mais com o que diz fora do ambiente de trabalho. No entanto, quando está a trabalhar, as pessoas estão a observar e vão reparar se disser algo perturbador ou desagradável – mesmo aqueles que dizem que não se importam.

O humor enquadra-se nas mesmas regras de vida profissional que regem a discriminação, o assédio sexual e outras conversas inapropriadas.

Isto significa que os seguintes tópicos nunca devem ser usados ​​como piada:

  • Religião
  • Género
  • Orientação sexual
  • Deficiência
  • Idade
  • Nacionalidade

Basicamente, se acha que algo pode ser mal interpretado ou considerado ofensivo, não o verbalize. Pode pensar que o humor agressivo o faz parecer ousado e destemido, mas os seus colegas apenas se lembrarão de se sentirem estranhos e desconfortáveis.

Usar o humor no trabalho de forma eficaz

É difícil explicar o humor sem o transformar em algo tolo. O melhor uso do humor pode ser resumido da seguinte forma: é melhor permanecer calado e ser-se considerado um tolo do que falar e acabar com todas as dúvidas. Por outras palavras, brinque menos do que gostaria.

Fazer uma boa piada implica um certo nível de risco, mas manter a boca fechada não. Por isso, é essencial programar bem o seu humor e garantir que todos se podem rir facilmente.

Tudo tem um momento, principalmente o humor. Uma piada contada no momento certo é engraçada, enquanto a mesma piada no momento errado parece estranha. Seja paciente e aguarde pelo momento certo. Não tente forçar uma piada ao ponto de perturbar a conversa. Se não conseguir contar uma piada a tempo, o melhor a fazer é esquecê-la e seguir em frente.

Nunca deite abaixo

Fazer piadas à custa de uma pessoa é arriscado, mas atacar alguém que não se consegue defender é imperdoável. As pessoas podem rir, mas isso não significa que se estejam a divertir.

“Deitar abaixo” significa troçar de algo que resulta das circunstâncias ou do azar. Por isso, aparência, deficiência ou incapacidade estão completamente fora de questão.

Humor autodepreciativo no trabalho

As pessoas fortes sabem como e quando fazer troça de si mesmas. Muitos comediantes usam-se a si próprios como temas de comédia, confiando nas suas características ou hábitos para traçar uma linha entre eles e o que é “normal”.

Gozar de si próprio é quase sempre um território seguro. Um dos benefícios do humor é quando outras pessoas participam e partilham os seus próprios momentos de ris, o que pode ser excelente para a união da equipa.

Porém, tenha cuidado para não cair no exagero ao ponto de as pessoas começarem a sentir-se mal por si ou a questionar a sua saúde mental.

Brincar com o absurdo

O exagero lúdico também pode ser engraçado. Se uma conversa trata de quantidades ou factos concretos, introduzir uma analogia inacreditável pode apanhar as pessoas desprevenidas e fazê-las rir.

As generalizações estão no extremo oposto do espectro do absurdo. É engraçado juntar certas coisas e fazer correlações estranhas, mas apenas se forem inesperadas ou se não tiverem que ver com estereótipos sobre etnias, orientação sexual, por exemplo. Essas desculpas preguiçosas para o humor são aborrecidas e potencialmente ofensivas para muitas pessoas e podem causar problemas. Nenhuma piada vale a pena perder o emprego.

Ser engraçado versus falar

Ler a sala é uma competência crucial para as pessoas engraçadas. Sabem corresponder à seriedade de um determinado grupo e não têm medo de ficar calados se não for o momento certo para uma piada.

Aprenda a ler a sala. Se as pessoas estão a ser tolas, participar acrescenta coesão à equipa. Se receber uma advertência por escrito por fazer piadas inapropriadas, é altura de se calar.

Ficar quieto é uma competência importante. Algumas pessoas brincam não porque querem que os outros se riam, mas porque se sentem desconfortáveis ​​quanto estão em silêncio. As piadas podem aliviar a tensão, mas as pessoas que não conseguem parar de brincar podem parecer mais irritantes do que engraçadas.

As pessoas riem mais do que as piadas

Já se riu em algum momento inapropriado? A maioria já o fez. Ver as pessoas a rir nem sempre indica diversão. Muitas pessoas riem-se quando as coisas ficam estranhas ou stressantes; a última coisa que querem é continuar a rir.

Por isso outro aspecto da leitura da sala é aprender a sentir quando as coisas parecem estranhas. Se as pessoas estão a olhar para si com os olhos arregalados, provavelmente está na hora de abandonar tudo o que fez para causar essa expressão nos seus rostos.

Cometer uma gafe não é crime, mas deve-se evitar cavar esse buraco ainda mais fundo. Abandone o assunto, mantenha-se quieto e deixe o momento passar rapidamente.

As pessoas podem ficar ofendidas

Algumas piadas são perigosas. O que era engraçado há 10, 20, 50 anos pode já não ser engraçado.

Algumas piadas melhoram com a idade, enquanto outras apodrecem com o amadurecimento da sociedade, como as relacionadas com “o lugar das mulheres ser na cozinha” por exemplo. Por outras palavras, as pessoas não se tornaram mais sensíveis – simplesmente pararam de rir ao ver outras pessoas privadas dos seus direitos.

O humor no trabalho deve ser divertido

Stress decreases when people can laugh. Jokes should be clever, relatable quips that people can understand easily but that make them think differently and in new ways. At its core, humor is light-hearted and delightful—not depressing.

O stress diminui quando as pessoas conseguem rir. As piadas devem ser inteligentes e relacionáveis, facilmente compreensíveis, e fazer pensar de forma diferente. Na sua essência, o humor é alegre e encantador – não deprimente.

Aprenda a ler a sala, seja paciente ao contar piadas e aprenda a mudar de direcção rapidamente se não funcionarem. Acima de tudo, o humor deve ser utilizado para tornar o trabalho mais divertido e aumentar a satisfação no trabalho.

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