Oito formas de ser mais feliz este ano, de acordo com a ciência
Algumas pessoas nascem para ser mais felizes do que outras. Mas não importa se é o tipo de pessoa que canta no duche ou é mais introspectivo, a satisfação não é algo que simplesmente aconteça. Segundo a ciência, seguindo algumas dicas é possível ter mais felicidade na vida, garante a BBC.
Veja como ter um 2025 mais feliz.
Esteja aberto a novas amizades à medida que vai envelhecendo
A amizade beneficia pessoas de todas as idades, mas, mais tarde na vida, pode tornar-se uma fonte especialmente importante de felicidade. Embora as pessoas mais velhas normalmente reduzam as suas redes sociais para priorizar o tempo passado com aqueles que as conhecem bem, a investigação mostra que é uma boa ideia permanecermos abertos a novas amizades, pois proporcionam benefícios ligeiramente diferentes nas relações familiares, que podem ser baseadas na obrigação. Como as amizades são relações voluntárias e não obrigatórias, que podem começar ou terminar a qualquer momento, tendem a ser mais divertidas e menos tensas.
Embora os adultos mais velhos possam enfrentar uma série de obstáculos que dificultam conhecer novas pessoas, de certa forma, deveria ser mais fácil fazer amigos: as personalidades amadurecem, há mais competências sociais, a perspectiva torna-se mais orientada para a alegria. E o esforço de manter amizades de qualidade à medida que se envelhece vale a pena, pois as vantagens vão além do bem-estar psicológico: melhora também o funcionamento cognitivo e a saúde física. De facto, a investigação comprova que as amizades são tão importantes como os laços familiares para prever o bem-estar na idade adulta e na velhice.
Pratique a “co-felicidade”
A compaixão é uma das bases da verdadeira amizade. Esta empatia ajuda a formar ligações fortes quando os amigos precisam de ajuda. Mas há um estado oposto que é relativamente desconhecido e igualmente importante: a “co-felicidade”, como escreveu David Robson para a BBC.
Significando “felicidade partilhada”, é uma faceta subvalorizada dos bons relacionamentos e vários estudos sugerem que pode ser tão importante como a compaixão para manter amizades.
Apoiar com entusiasmo as boas notícias de um amigo – e fazer perguntas sobre elas – é a base de ser um bom amigo. Se responder de forma demasiado passiva ou desinteressada correrá o risco de prejudicar a relação.
Faça voluntariado
É quase um cliché dizer que fazer algo por outra pessoa faz com que se sinta melhor, mas quanto mais aprendemos sobre altruísmo, mais isso se prova ser verdadeiro.
Na verdade, estudos descobriram que o voluntariado pode até ajudar em situações de condições graves, como a dor crónica e a depressão. Um estudo de 2002, por exemplo, descobriu que colegas voluntários designados para ajudar outras pessoas que sofriam de dor crónica viram as suas pontuações de intensidade de dor descer. Outros estudos demonstraram que cuidar de animais pode melhorar a saúde e cuidar de plantas pode ajudar a prosperar, especialmente na velhice.
Alguns prestadores de cuidados de saúde estão mesmo a prescrever o voluntariado como uma forma particularmente eficaz de “prescrição social”, ligando as pessoas aos recursos e actividades da comunidade.
Conecte-se com os seus antepassados
Há outra forma pela qual o passado o pode ajudar no presente. A investigação sugere que o envolvimento com a ancestralidade pode ter profundos benefícios psicológicos. Histórias familiares sobre a superação de adversidades, por exemplo, podem ser fortalecedoras quando transmitidas a uma nova geração.
Susan M Moore, professora emérita de Psicologia na Swinburne University of Technology, em Melbourne, descobriu que as pessoas que sabem mais sobre a sua história familiar apresentam níveis mais elevados de satisfação e bem-estar. Envolver-se na tarefa de pesquisar a sua árvore genealógica pode fazer com que se sinta mais no controlo da sua vida, além de ter uma compreensão mais profunda do seu lugar no mundo.
Pode também dar-lhe uma sensação de afirmação, perspectiva e gratidão saber que a sua vida hoje foi possível graças às lutas e à coragem dos seus antecessores.
Faça uma lista
Escrever uma lista de três coisas boas que aconteceram pode ajudar a melhorar o humor. Seja um evento transformador, como passar num exame importante ou ter um bebé, ou algo aparentemente inconsequente, como encontrar um velho amigo ou desfrutar de uma bela luz do início da noite durante uma caminhada, há um crescente número de investigadores que sugere que pode melhorar o bem-estar.
Promova a expectativa por actividades divertidas
Investigadores da Universidade de Richmond, na Virgínia, ensinaram ratos a conduzir pequenos automóveis de acrílico em laboratório. Dominaram rapidamente esta nova habilidade e em pouco tempo saltavam para os carros com entusiasmo, em preparação para a próxima viagem. Os investigadores repararam em alguns casos a davam pequenos saltos de excitação, como se estivessem a desfrutar da antecipação do prazer.
Isto levou a um novo caminho de investigação. Poderá a expectativa de diversão ser tão gratificante como a actividade em si? Os investigadores perguntaram-se se isto também poderia funcionar com os humanos: ao antecipar rotineiramente actividades ou eventos prazerosos, seria possível reprogramar os cérebros para serem mais optimistas.
Não faça nada
A investigação sugere que preocupar-se demasiado em ser feliz pode, na verdade, ser um obstáculo para o sentir. A teoria é que, ao aumentar as expectativas, ler e preocupar-se com a importância da felicidade, as pessoas podem acabar por se sentir desanimadas.
Iris Mauss, psicóloga da Universidade da Califórnia, em Berkeley, mostrou ainda que o desejo e a busca pela felicidade podem aumentar os sentimentos de solidão e desconexão e recomenda adoptar uma atitude mais estoica e aceitar melhor os altos e baixos da vida.
Não beba demasiada cafeína
Durante os dias frios e escuros de Inverno, uma chávena de café pode dar ao cérebro e ao corpo uma importante dose de energia. A investigação mostra que existem muitos benefícios para a saúde associados ao consumo de cafeína, incluindo a redução do risco de vários tipos de cancro, doenças cardíacas e diabetes tipo 2, bem como um melhor desempenho físico e protecção contra a depressão.
Mas o momento certo é essencial quando se trata de cafeína, pois pode demorar algum tempo a fazer efeito e muito tempo a passar. Os cientistas recomendam tomar a sua última dose de cafeína oito horas e 48 minutos antes de ir dormir. Também não deve consumir muita cafeína – não mais de 400 mg ou cerca de duas a três chávenas de café, dependendo da intensidade – para evitar o sono interrompido, as dores de cabeça, as náuseas e a ansiedade.