Cerca de uma centena de enfermeiros completa formação orientada por associação profissional canadiana

Até amanhã, dia 16 de Janeiro, a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica acolhe quase uma centena de enfermeiros numa iniciativa que pretende dar conhecer boas práticas destinadas a optimizar os resultados das entidades de saúde a nível global. A formação realiza-se no seguimento da parceria com a RNAO (Registered Nurses Association of Ontario), iniciada em 2016 e concretizada, agora, na integração da ESSATLA na rede Best Practice Spotlight Organization (BPSO).

Após a cerimónia de abertura, que contou com a presença de Élise Racicot, embaixadora do Canadá em Portugal, dezenas de enfermeiros, chefes de serviço, professores e estudantes universitários iniciaram a formação orientada por representantes da RNAO. Além dos docentes e alunos de mestrado da ESSATLA, marcam presença profissionais de diversas instituições e unidades de saúde parceiras.

Distribuída por um período de quatro dias, a formação tem por base mais de meia centena de “Best Practice Guidelines (BPGs)”, isto é, um guia de boas práticas instituído pela RNAO, no âmbito da implementação de evidência que permita optimizar os resultados de saúde a nível individual, organizacional e sistémico. Pensadas para melhorar a experiência do cliente, reduzindo o custo dos cuidados ao prevenir complicações, e para enriquecer a satisfação dos enfermeiros, as BPGs dividem-se em nove categorias: crianças e jovens; clínica; equidade, diversidade e inclusão; fundamentos; sistema de saúde; ambiente de trabalho saudável; saúde mental e uso de substâncias; adultos mais velhos; e saúde da população. Esta já é a segunda formação dada pela ESSATLA neste âmbito, tendo a primeira decorrido em 2017.

A RNAO – organismo profissional que representa os enfermeiros, profissionais de enfermagem e estudantes de enfermagem de Ontário, no Canadá – tem vindo a dedicar-se à defesa de políticas públicas saudáveis, promovendo a influência e participação dos enfermeiros na tomada de decisões que afectam a profissão e o público que servem. É neste sentido que surge uma rede global – constituída, actualmente, por instituições de 13 países de quatro continentes – orientada para a defesa dos cuidados de saúde enquanto direito humano universal, e da liderança de cada enfermeiro como elemento fundamental da promoção da saúde individual e colectiva.