O que querem os jovens empresários?

Os jovens empresários são motivados pelo desejo de independência, pela crença no bem social e pelo compromisso em manter os seus colaboradores felizes. Estas são algumas das conclusões do estudo “Walk with Me” da Sage, que analisou as principais características, atitudes e comportamentos dos empreendedores da geração Millennial em todo o mundo.

 

Também em Portugal, quando inquiridos sobre o motivo que os levou a criar um negócio, os jovens empresários são principalmente orientados pela vontade de obter independência (40%) e de tornar uma ideia de negócio em realidade (25%). Deixar um legado de que as pessoas se lembrem (70%) e fazer o bem (69%) são duas grandes motivações destes empresários.

Apesar das variações existentes nos comportamentos desta geração entre os vários países, o estudo mostra que estes líderes de negócio têm determinadas características que os classificam em cinco tipos de personalidades no local de trabalho:
– Os Planificadores – extremamente metódicos na sua abordagem de trabalho, gostam de planear o sucesso de forma cautelosa. Numa perspetiva ambiciosa, nunca acreditam que as coisas são o que parecem e fazem sempre muitas perguntas.

– Os Tecnológicos – adoram o que fazem e não suportam a ideia de estarem sentados de braços cruzados, acreditam no poder e eficiência da tecnologia inovadora para se manterem um passo à frente da concorrência. Acreditam fortemente nas suas capacidades para rastrear com precisão os seus clientes actuais e os futuros.

– Os Exploradores – ousados, adoram o desconhecido, bem como descobrir territórios inexplorados. Confiam nos seus instintos e mantém-se fiéis às suas armas. Para eles, uma imagem moderna é de extrema importância, porque deixa um legado que todos irão recordar.

– Os Realistas – criativos, mas confiam na tecnologia com vista ao sucesso. Quanto à sua abordagem ao trabalho e à tomada de decisões, tendem em alternar entre o instinto e abordagens mais metódicas.

– Os Aventureiros – aborrecem-se facilmente e estão sempre em busca do próximo desafio, não se preocupam nada com as aparências. Trabalham melhor entre outros e acreditam que o impacto social é sobrevalorizado.

Outras conclusões do estudo mostram que os inquiridos na Suíça (24%), Austrália (20%) e França (19%) dizem que a felicidade dos seus colaboradores é o que os faz levantar da cama pela manhã – quanto a Portugal, o principal motivo é o sucesso do seu negócio (35%), seguido do gosto pelo seu trabalho (20%) e pela satisfação dos colaboradores (14%). Já a vontade de fazer muito dinheiro e reformar-se cedo (10%) surge apenas como quarto motivo.

Quanto ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, 75% dos jovens empreendedores portugueses valoriza a vida pessoal em vez do trabalho. Também em Espanha (79%), Singapura (73%) e Brasil (71%) reduzir o tempo de horas no trabalho e sair cedo é um factor indispensável.

59% dos portugueses acredita que irá iniciar mais do que um negócio no decorrer da sua vida – sendo o principal motivo terem muitas ideias para pôr em prática (50%). Quanto ao entusiasmo pelo negócio, 93% afirma sentir a mesma satisfação de quando começou – dos 7% que afirmam estar desmotivados, culpam principalmente os processos burocráticos.

Quando questionados sobre os principais factores que influenciam o bom desempenho do negócio, as opiniões dividem-se, enquanto 32% diz ser a tecnologia utilizada, simples e fiável, 28% admite serem as pessoas inseridas numa equipa de confiança.

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