7 dicas para uma comunicação com atitude
Lembre-se: por muito brilhante que seja o conteúdo, a forma pode estragar a impressão que provoca. Por isso, treine a sua comunicação não verbal para ter sempre um óptimo “embrulho” e conseguir uma melhor persuasão e uma maior eficácia.
Por Irina Golovanova, especialista em comportamento não verbal
Quando é que foi a última vez que procurou um presente para um colega seu? Foi a uma loja, procurou, hesitou, às tantas encontrou a peça certa e finalmente chegou à caixa. Pediu um embrulho especial, claro, mas em vez de um papel bonito e com laço, escolheu “aquele papel sujo que está no chão”.
Foi assim que aconteceu? Claro que não! Porque quando queremos entregar algo importante, temos cuidado não só na escolha do conteúdo, mas também na forma de o entregar. Faz sentido! Mas por alguma razão nem sempre temos o mesmo cuidado quando se trata de nós próprios, da apresentação que vamos realizar, da reunião que estamos a preparar … E optamos por “embrulhar” a nossa mensagem no primeiro “papel” que nos vem à mão.
«E se treinássemos a forma, o estilo, a comunicação não verbal,
com tanto cuidado como escolhemos o conteúdo? E se soubéssemos
utilizar a nossa empatia, postura, gesticulação, contacto visual
de forma estratégica?»
Preparamos 7 dicas para garantir um “embrulho” com atitude e cuidado, tal como um bom profissional merece.
Mantenha a postura
Desde que Amy Cuddy divulgou os resultados do seu estudo no famoso TED Talk, todos podemos saber que uma postura de super-homem é capaz de fazer milagres – faz-nos sentir mais confiantes e potencia o nosso desempenho. Mas poucos sabem que só manter as costas direitas já nos ajuda a aumentar a autoconfiança, como resulta do estudo da Ohio State University. Por isso, quando não tem espaço físico para alargar os braços, pelo menos, endireite as suas costas.
Gesticule!
Quando me perguntam “O que fazer com as minhas mãos?”, só tenho uma resposta – gesticular! É bom não só para quem está a ouvir, como também para quem está a falar – ajuda a mexer o pensamento e ter uma fala mais fluida.
Aponte com atitude
Apontar é feio e até pode parecer agressivo. E se não for este o seu objectivo, pare de apontar e passe a utilizar a palma da sua mão em vez de esticar o dedo indicador – o seu interlocutor agradece.
Olhe nos olhos. E não na testa.
Na testa?! Pois, parece ridículo, não é? Mas já ouvi muitas vezes que assim é mais fácil para quem comunica. E já pensou como é para quem “é olhado”? Péssimo, claro! Aliás, um bom contacto visual é o gesto essencial de um comunicador persuasivo, como o mostrou o estudo publicado no International Journal of Group Tensions. E lembre-se sempre que a zona correcta para olhar são efectivamente os olhos e nunca a testa, muito menos o pescoço … por favor!
Utilize os registos graves da sua voz
A nossa voz tem vários registos, entre o grave e o agudo. Mas os investigadores da San Diego University dizem que o tom mais grave é aquele que favorece a imagem de uma pessoa dominante, competente e forte. Não quer impressionar ninguém? A decisão é sua. Mas fica já a saber que as pessoas com uma voz mais grave ganham mais, diz o estudo de Duke University.
Sorria!
Mas se não gosta ou não quer, pelo menos, utilize a mímica – um estudo de 1990 confirmou que a força de persuasão está directamente relacionada com a expressividade. E depois, é muito mais agradável falar com uma pessoa que transparece as emoções do que com um fanático do poker-face!
Seja congruente
Lembre-se que a sua comunicação não verbal deve ser congruente com o seu objectivo e com a sua mensagem verbal. Quando diz uma coisa verbalmente e demostra outra com os gestos, o cérebro do seu interlocutor entra em modo de ”pâ-â-â-nico”, porque o seu discurso simplesmente não faz sentido. É o que revela um estudo da Colgate University.