Mulheres ainda estão longe do reconhecimento atribuído aos homens

As mulheres portuguesas ainda estão longe de ter o mesmo nível de oportunidades e reconhecimento a que os homens têm acesso pelo trabalho que exercem. Esta é uma das conclusões de um inquérito conduzido pela Sodexo Portugal com base em 2 mil respostas de utilizadores registados, homens e mulheres.

 

Uma larga maioria dos respondentes (65%) considera ainda que as empresas não oferecem igualdade de oportunidades para as mulheres chegarem a cargos de gestão. «Esta é, porventura, o maior entrave à paridade de género na gestão», comenta Florent Lambert, CEO da Sodexo Portugal.

Mas há também sinais positivos. Entre 80% dos inquiridos, existe a percepção de que a desigualdade salarial entre homens e mulheres tem vindo a decrescer nos últimos anos, e uma esmagadora maioria de 90 por cento afirma que «as mulheres são tratadas com respeito e dignidade» nas empresas onde trabalham.

No que concerne às políticas implementadas pelas empresas portuguesas com vista à promoção de condições para a igualdade de género, como sejam acções de formação ou iniciativas de coaching e mentoring, verificam-se resultados animadores. De acordo com os participantes no inquérito, cerca de 60% das empresas já promove estas práticas.

«A igualdade de género é uma verdadeira alavanca de desempenho». Num estudo de caso realizado pela Sodexo, envolvendo 50 mil managers em 90 entidades do grupo, resultou que o equilíbrio de género tem efeitos muito positivos na organização.

Com efeito, foi possível determinar que nas entidades em que a paridade é maior, os indicadores de desempenho apresentam:

– maior engagement dos colaboradores

– uma imagem de marca mais forte (junto dos clientes)

– maior crescimento da margem bruta do negócio

– maior crescimento interno.

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