Viver bem e preparar o futuro

Devemos começar a poupar o quanto antes e estabelecer directrizes que definam o modo como se pretende usufruir de tudo o que se deseja e para o qual tanto trabalhou.

 

Por Nelson Machado, CEO Vida e Pensões Grupo Ageas Portugal

 

A melhoria da qualidade de vida e os avanços tecnológicos trouxeram inúmeros benefícios, como o aumento da esperança média de vida, mas, consequentemente, obrigam-nos a questionar se estamos preparados para suportar uma sociedade cada vez mais envelhecida e onde a sustentabilidade dos sistemas de pensões é uma temática cada vez mais relevante.

Sendo os jovens de hoje os idosos de amanhã, torna-se essencial avaliar a forma como as gerações mais novas perspectivam e preparam a sua reforma e os efeitos consideráveis desta preparação a longo prazo.

Ainda que a reforma seja encarada e vivida como um período de realização pessoal, a poupança pode não só servir para desfrutar desta fase da vida de forma confortável, mas também para alguma emergência grave. Com diferentes projectos e objectivos de vida, torna-se imprescindível planear a reforma o mais cedo possível, isto porque esta preparação irá ter influência nos rendimentos, tanto a curto como a médio e, principalmente, a longo prazo.

Devemos por isto, começar a poupar o quanto antes e estabelecer directrizes que definam o modo como se pretende usufruir de tudo o que se deseja e para o qual tanto trabalhou, isto porque a poupança para a reforma pode não só servir para este fim como, também, para alguma emergência grave.

Também a definição de um bom plano de investimento, com metas possíveis de atingir a longo prazo com pequenas etapas, anuais ou mensais, através de produtos destinados à reforma, são uma boa forma de conseguir benefícios fiscais e garantir uma poupança generosa. Para colher bons frutos dos seus investimentos, deverá conhecer o mercado e saber como funcionam os produtos financeiros. Não é possível saber qual a opção mais acertada sem conhecer os produtos existentes, por isso é importante despender o tempo necessário na investigação e aprendizagem dos produtos disponíveis.

A preparação para esta fase da vida exige que a poupança seja encarada como um hábito regular ao invés de uma necessidade, de forma a garantir um reforço das economias. A definição deste esforço permitirá poupar mensalmente e de acordo com os objectivos e possibilidades de cada um, não esquecendo nunca aspectos como a idade a que pretende afastar-se da vida profissional activa ou a inflacção.

Numa sociedade que ainda se preocupa pouco e se prepara ainda menos com a reforma, a literacia financeira é o elemento comum a todos os aspectos mencionados e desempenha um papel fundamental no nosso quotidiano e no desenvolvimento de uma nova cultura de poupança. Com a menor taxa de poupança das famílias na Europa, o reforço da literacia financeira e a promoção de uma cultura de poupança em Portugal são vitais para o país como um todo, bem como para cada indivíduo.

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