“A mudança começa em mim”

A primeira conferência anual “Sharing My Change” juntou na quinta-feira, 15 de Outubro, vários gestores de topo que discutiram a Gestão da Mudança e partilharam algumas das melhores práticas nesta matéria, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

A abertura deste encontro, realizado com o apoio da Human Resources, fez-se pela mão das partners da My Change, Maria João Martins, que realça que «só é possível mudar quando sabemos para onde queremos ir»; e Teresa Fialho, que reforça: «não construímos para as pessoas, construímos com as pessoas», referindo-se ao trabalho da consultora especialista na Gestão da Mudança.

“A Mudança nas Estratégias de Negócio” foi o mote para uma primeira discussão entre Francisco Lacerda, CEO dos CTT; e António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal; moderada por Maria João Martins.
Para Francisco Lacerda, «é importante perceber o que as pessoas consideram positivo do passado e o que acham que não correu bem» para que a partir daí se possa desenhar uma estratégia de transformação com o apoio dos colaboradores. António Saraiva refere que neste período económico difícil, «não nos podemos deixar vencer pelo turbilhão, pela pressão, e alinhar as ideias».

A sessão continuou com um debate sobre a “Capacitação de Líderes e Gestão de Talento num contexto de Mudança”, moderado por Teresa Fialho e com os oradores Manuela Silva, vogal do conselho de administração da EDP; e António Reffóios, CEO da Amorim & Irmãos.
Manuela Silva acredita que «a capacitação é dar condições para fazer da melhor forma aquilo que é preciso fazer» e que «as pessoas são um mundo infinito de possibilidades», enquanto António Reffóios considera que «quando se fala em Talento dá-se a ideia de que se está a excluir, e todas as pessoas têm capacidade de aprender», não se devendo portanto deixar nenhum colaborador de fora de qualquer que seja o processo.

O terceiro painel juntou os oradores Miguel Moreira, executive consultant; José Pina, CEO da Future Healthcare; e o moderador Manuel Lacasta, director de Recursos Humanos do Grupo Crédito Agrícola, que, a propósito do tema “Como Mudar os Paradigmas”, evoca uma frase de Paul Valéry: «o problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser».
Segundo Miguel Moreira, «estamos perante uma mudança profunda na estrututra do mercado de trabalho», com cada vez menos emprego, e menos ainda a tempo inteiro, o qual está a dar lugar ao trabalho flexível. João Pina sublinha que é preciso descobrir as lacunas e «trazer para o mercado desafios novos», aquilo que procurou fazer com a empresa que fundou.

Um último painel discutiu ainda “A Importância da Comunicação na Mudança”. A conversa entre Pedro Ramos, administrador da Groundforce Portugal; Fernando Magalhães, director de Recursos Humanos dos Hotéis Vila Galé; e Carla Gouveia, administradora da Eurovida; foi moderada por Pedro Raposo, director de Recursos Humanos do Banco de Portugal.
Pedro Ramos refere ser necessário «identificar quem são as forças de bloqueio, onde estão e quais são os seus objectivos». Fernando Magalhães considera que «as forças mais perigosas são aquelas que não são identificáveis». Enquanto, para Carla Gouveia «o obrigatório é conseguir mudar a curva», porque existirão sempre pessoas que não acompanham a mudança e, por isso, é importante haver uma maioria a cooperar nos novos desafios organizacionais.

O evento “Sharing My Change” terminou com a intervenção do Maestro Luís Cipriano, segundo o qual «sem mudança, há estagnação». Acompanhado pelas crianças que integram o projecto “Plante 1 Músico”, o maestro desenvolveu uma dinâmica musical com toda a audiência de profissionais presente no Museu da Electricidade, em Belém.

Saiba mais sobre tudo o que aconteceu e foi dito nesta primeira conferência anual “Sharing My Change”, organizada pela My Change, com o apoio da Human Resources, na edição de Novembro da revista.

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