A sua equipa está em burnout? Reconheça os sinais.
Associado ao stress vivido no ambiente empresarial e resultando em exaustão, frustração e atitudes negativas, o burnout não é resolvido com períodos de férias ou de pausa. Assim, e porque este síndrome não se desenvolve da noite para o dia, há que tentar evitá-lo. Há sinais de alarme aos quais se deve estar atento.
O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, foi recentemente classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde. Em Portugal, a Associação de Psicologia da Saúde Ocupacional estimou que 17,3% dos trabalhadores portugueses estão em burnout.
Para ajudar a identificar se o burnout chegou à sua equipa, a Bewell Portugal identificou cinco dos sinais mais comuns.
1. Afastamento e isolamento
Todos temos direito a ter um dia mau, mas se um membro da sua equipa que antes se mostrava entusiasmado, perdeu o interesse em participar nas actividades laborais, tais como reuniões, almoços de equipa ou actividades de team building, este comportamento merece ser investigado mais a fundo.
No caso de colaboradores mais introvertidos, este sinal de alerta poderá ser camuflado pela própria personalidade do indivíduo, pelo que a sua atenção deverá ser redobrada.
2. Aumento do absentismo
Existem inúmeras causas que poderão estar na origem do absentismo. Colaboradores que tiram dias de férias ou se ausentam por doença de forma sucessiva podem estar a acusar desgaste a nível psicológico e físico e esta situação pode ser, assim, indício de burnout.
Algumas pessoas tendem mesmo a tirar algum tempo de folga ou a serem menos pontuais para evitar interacções com colegas ou chefias que lhes causam stress.
3. Falta de produtividade
O decréscimo ou falta de produtividade de uma equipa poderá ser indicador de vários problemas ao nível da gestão da empresa, organização da mesma e transparência na comunicação de objectivos transversais a toda a estrutura.
Deste modo, para que consiga fazer uma avaliação correcta do que está na origem da falta de produtividade da sua equipa, esta situação deverá ser analisada individualmente, numa primeira fase, e só depois no contexto global.
Apesar de o stress e a exaustão, dois dos principais sintomas de burnout, terem repercussões ao nível do cansaço físico, uma das consequências mais visíveis é o facto de não conseguirmos dormir.
Durante o dia ansiamos pela hora de ir para casa descansar, mas quando deitamos a cabeça na almofada não adormecemos. A falta de horas de sono tem implicações muito significativas ao nível da concentração e da produtividade.
4. Hipersensibilidade ao feedback
A cultura de feedback empresarial tem vindo a assumir uma importância crescente nos dias de hoje, muito desenvolvida pelos novos métodos de gestão. Quando bem comunicado, o feedback traz melhorias significativas à motivação da equipa, aumenta o sentido de pertença e ajuda a melhorar a qualidade das relações interpessoais.
Mas nem todo o feedback é bem recebido pelos elementos de uma equipa e na sua origem poderá estar algo mais preocupante do que falta de capacidade de aceitar críticas.
Os colaboradores com indícios de burnout tendem a levar o feedback menos positivo de forma mais pessoal, reagindo ao mesmo com fúria.
Se reconhecer este sinal em um ou mais elementos da sua equipa, é importante procurar saber o que está na origem desta frustração.
5. Exaustão física e psicológica
Em situações mais preocupantes, o burnout estende-se ao nível físico. Stress e exaustão manifestam-se sob a forma de ataques de pânico, cefaleias, náuseas, taquicardias, falta de apetite (ou excesso de apetite) e insónias.
Se algum elemento da sua equipa diz sentir-se cansado logo pela manhã e menciona a palavra “exausto” repetidamente durante a semana, talvez esteja a enviar-lhe um sinal de alerta.