Accenture inaugura Talent Hub em Lisboa

O mundo do trabalho está a mudar a um ritmo nunca antes visto. Com isso em mente, a Accenture inaugurou o Accenture Talent Hub, no Amoreiras Square, em Lisboa, um espaço onde candidatos e colaboradores da organização podem fazer um refresh dos seus conhecimentos e ganhar novas competências para serem mais ágeis e superar os desafios.

 

 

O presidente da Accenture Portugal, José Gonçalves, começou por destacar que a Accenture, não só no nosso país, mas a nível global, está em rotação para o novo e que, nesse contexto, a gestão de talento constitui um eixo estratégico.

Um dos desafios com que se deparam é assegurar a relevância da Accenture Portugal no contexto global, admitiu, reconhecendo, que não será pela dimensão, mas pelo crescimento. «Somos uma empresa muito mais diversificada e estamos a crescer acima da média global, o que mostra que há trabalho feito mas, por outro lado, traz grande pressão pelos talentos. Para responder a este desafio precisamos de diversidade, quantidade e qualidade de talento.

José Gonçalves considerou que, nesta matéria, a Accenture Portugal está trabalhar muito ao nível do Employer Branding junto das universidades e de profissionais com experiência. Neste contexto, propõe «explicar ao talento alvo que a Accenture potencia uma diversidade de carreiras e oportunidades» e que já não é só uma consultora de Tecnologias de Informação.

Não menos importante, é a experiência proporcionada ao candidato e aos colaboradores. «Nós não podemos só falar experiência dos clientes. Sem talento não se faz um negócio de sucesso. A Accenture Portugal pode ser muito conhecida dentro da Accenture a nível global se formos capazes de estruturar e definir contratos e serviços que são altamente disruptivos e inovadores, o que depois ajuda a fazer contratos com outro tipo de clientes, com outra escala e em geografias muito maiores, potenciando este tipo de experiência que fazemos em Portugal», referiu.

Uma terceira vertente tem a ver com os mecanismos de retenção de talento. «A formação não se faz uma só vez. Temos que, todos nós, estar permanentemente a aprender, porque o mundo evolui a uma velocidade brutal», recomendou. «Quem está na Accenture tem agora um espaço de excelência para actualizar as suas competências, e que vai ajudar a que se sintam permanentemente desafiados.»

 

Também presente, Ana Bernardes, que assumiu, em Março deste ano, a direcção de Recursos Humanos da Accenture Portugal, classificou o Talent Hub como «um espaço único dedicado ao talento», capaz de «acompanhar tudo o que tem a ver com a experiência do candidato e do colaborador». «É um mix de dois mundos» e «um marco fundamental para Portugal», resumiu. «Materializa uma estratégia focada no talento, que já não é de hoje, faz parte de um caminho que temos percorrido nos últimos anos. Vem também trazer sentido de propósito e potenciar a inovação.»

A directora de Recursos Humanos destacou ainda que a Accenture Portugal não se diferencia «por revenues, mas diferenciamo-nos porque crescemos a um rácio bastante interessante do ponto de vista de pessoas», salientando que «o crescimento tem sido muito grande, forte, mas sustentado». Em dois anos, segundo Ana Bernardes, o número de colaboradores cresceu 50%, para 3100 pessoas, de cinco gerações diferentes.

 

O próximo nível
Seguiu-se uma intervenção de Fred Canto e Castro, empreendedor e global shaper, intitulada «Felicidade, sucesso e impacto», que começou por perguntar: «Quantos se lembram de onde estavam no golo do Éder no campeonato do Euro?». À volta, muitos braços no ar. Mas à pergunta «e a 10 de Julho de 2016?» já não foi assim, demonstrando-se que as memórias são movidas por emoções.

De seguida, partilhou o seu percurso: aos 19 anos deixou para trás o curso de Gestão na Universidade Nova, em Lisboa, para criar, no final de 2014, a Sonder, uma agência de «pessoas autênticas, pessoas com carisma e atitude», como descreve. Aos 22 anos, era já um empresário com milhões no bolso.

Sonder nasceu no quarto do Fred, em Lisboa. Em meses, mudou-se para a Lx Factory, em Alcântara, onde ainda está hoje e, em 2015, deu as boas-vindas a um departamento internacional e começou a trabalhar com estudantes de Erasmus e estrangeiros a viver na capitalDois anos depois, abriu portas no Porto.

Contas feitas, a empresa colocou mais de mil pessoas a filmar acima de 500 anúncios para mais de 30 países. Fez campanhas para marcas como a H&M, onde teve seis agenciados a filmar com o jogador de futebol David Beckman, e a Coca-Cola, em que foi a primeira agência portuguesa a ter um drag queen num anúncio.

Hoje, Fred Castro assume a função de chairman, mas dedica grande parte do seu dia a ajudar quem tem a vontade de levar o seu talento ao próximo nível e começou a trabalhar com empresas. Foi um exemplo disso mesmo que levou à inauguração oficial do Talent Hub da Accenture.

«O maior problema é a retenção de talento», mas significa apenas «preencher as necessidades das pessoas e, idealmente, as mais profundas», concluiu.

 

Uma empresa, cinco gerações
Para terminar, o painel de discussão sobre «O Talento num Contexto Multigeracional» juntou Carlos Silva, co-founder da Seedrs, Joana Ferreira, analyst da Accenture Technology, e Joana Ramos, Accenture student ambassador, numa conversa moderada por Marta Pinheiro, recruiting lead da Accenture Portugal.

Para Carlos Silva o local de trabalho «é a chave» para a felicidade, sucesso e impacto de que Fred Castro falava. «Passamos a maior parte da nossa vida a trabalhar, pelo que as interacções que temos com as pessoas com quem trabalhamos, com clientes e parceiros são a chave não só no nosso estado de espírito e na nossa realização, mas também tudo o que a organização nos dá. O empower que nós dá para irmos mais além acaba para ser vital», completou. «Obviamente que tem de existir uma vida para além do trabalho, mas é impossível completar esse triângulo sem passar pelo local de trabalho», disse.

Já Joana Ferreira sublinhou que aquilo que destaca a Accenture é a possibilidade que dá aos profissionais de poderem construir uma carreira complemente diferente da área de formação. E deu o seu exemplo: a responsável é licenciada em Bioquímica, mestre em Nanociência e Nanotecnologia Molecular e concluiu um Doutoramento em Química Orgânica. «Quando acabei o Doutoramento percebi que não era aquilo que queria fazer. Pretendia aprender algo novo e não era fácil encontrar oportunidades. Mas a Accenture dá-nos essa oportunidade de aprender algo completamente diferente, através de formação on the job», recordou.

Joana Ferreira não se poupa a elogios à empresa. «O que mais gosto é o à vontade que temos uns com os outros para tirar dúvidas com outros colegas e para expressar aquilo que sentimos», partilhou ainda.

Por outro lado, Joana Ramos, que faz a ponte entre a Accenture e as universidades, dá voz aos anseios, desejos e expectativas da sua geração. «Tenho de sentir-me realizada para sentir-me bem. Qualquer pessoa consegue aprender questões técnicas. A empresa onde nós trabalhamos deve encher-nos de verdade, acreditar que não somos mais um, que temos valor e aquilo que fazemos pode influenciar as outras pessoas», fez notar. E, no seu entender, «a Accenture tem este espírito».

Acrescentou ainda que é necessário «ir às universidades e passar a mensagem de que a Accenture não é uma consultora habitual (…), de que o mundo está em constante mudança, que somos todos globais, mas que conseguimos ser uma família».

Na edição de Novembro da Human Resources pode ficar a saber mais sobre esta nova aposta da Accenture.

 

Por Ana Rita Rebelo | Fotos Nuno Carrancho 

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