AESE. Next Generation Program: A resposta da AESE à lacuna na formação de executivos

O Next Generation Program (NextGen) é uma formação para executivos que visa abordar o investimento financiado por fundos europeus, fornecendo as ferramentas necessárias para a sua operacionalização nas organizações.

 

Em Portugal, existe o paradoxo de haver mais financiamento disponível do que projectos a financiar. As escolas de negócios são um interveniente que tem estado ausente deste processo, mas que tem como missão pensar as organizações e os seus problemas. De forma a preencher esta lacuna no mercado formativo, a AESE entrou neste debate com a criação do Next Generation Program, que conta com a 2.ª edição em 2023.

Esta formação de executivos pretende ser uma plataforma neutra de discussão entre todas as partes envolvidas – beneficiários, entidades gestoras, consultores e bancos – e cuja finalidade se prende no desafiar as organizações a apresentarem candidaturas.

Diogo Ribeiro Santos – director do Next Generation Program, lança a demanda e explica a criação do programa: «os fundos europeus vão trazer ao nosso país cerca de 63 mil milhões de euros na próxima década. Mas, o tribunal de contas concluiu que a execução dos fundos do “Portugal 2020”, embora com boas taxas de compromisso, tem sido lenta, com reduzida absorção dos fundos, incumprimento de objectivos intermédios e fraca orientação para resultados. Que farão os empresários e gestores portugueses perante esta oportunidade?

Estamos a transitar do PT2020 para o PT2030, e ainda adicionámos o PRR. Esta estrutura que temos vindo a descrever é responsável por: encerrar o PT2020, pagar as verbas que já estão comprometidas, exigir o reembolso das que tiverem sido indevidamente gastas, auditar projectos, preparar relatórios de execução; negociar novos fundos com Bruxelas; preparar a regulamentação dos novos fundos, traduzir a estratégia em normas operacionalizáveis; lançar os avisos de candidatura aos novos fundos e, por fim, analisar e acompanhar as candidaturas.

Aprendemos, nas aulas de operações, que os serviços devem funcionar a 80% da sua capacidade, para conseguir absorver picos de actividade. É duvidoso que, nas estruturas nacionais de governação dos fundos europeus, essa proporção exista sequer durante os períodos normais de actividade. Isto leva-nos a uma conclusão pessimista: processos complexos e gargalos provocados por escassez de recursos humanos não se resolvem a curto prazo. O que é razoável esperar do governo é a reflexão estratégica, construtiva e participada, e um plano de médio a longo prazo para solucionar estes problemas.

Que soluções esperar? Expansão do e-government? Parcerias público-privadas para a análise de projectos, aproveitando a competência acumulada por agentes privados nesta área?»

Neste sentido, na 2.ª edição do Next Generation Program, que terá início em Abril, a AESE promete debater todas estas questões e, ainda, encontrar algumas potenciais soluções.

O NextGen é, assim, a resposta da AESE Business School a este desafio. Propõe-se pensar o investimento financiado por Fundos Europeus como um processo constituído por três fases críticas: o planeamento estratégico, a candidatura e a execução do projecto.

A AESE apresenta-se com um parceiro cujo objectivo é o de cruzar as competências das organizações com as exigidas para a inovação, a transição digital e a transição ambiental.

O formato inovador do NextGen permite reunir numa mesma sala os professores da AESE e os principais actores deste processo: as agências nacionais e organismos intermédios que gerem os fundos europeus, os bancos que fornecem as linhas de financiamento, as organizações que apresentam os projectos, e os consultores que as apoiam no processo.

Ao apostar na utilização do método do caso, factor crítico de sucesso na AESE, nas conferências, nos workshops e nas mesas redondas, a garantia é a de que todos vão aprender em conjunto ao longo do programa.

 

Opinião: A formação online “humanizada” como resposta às necessidades da era digital

Nesta nova era digital, pessoas e empresas precisam identificar novas soluções que permitam adaptar as necessidades reais de ambos, potenciando tanto a performance empresarial como o bem-estar global dos colaboradores.

Por Pedro Leão, director do DEEP – Digital Emersion Executive Program da AESE Business School

Perante esta realidade, já de si complexa, assistimos agora a uma aceleração tecnológica, sem qualquer paralelo na história da humanidade, expondo cada vez mais as limitações físicas e estruturais do cérebro humano de as apreender. Nesta senda evolutiva estonteante, têm surgido com frequência crescentes notícias de novas tecnologias disruptivas, algumas com o poder de desafiar directamente a actividade humana, como no caso da recente mis-en-scéne do, entretanto, já famoso “ChatGPT”. O aparecimento do ChatGPT, cujo patamar de sofisticação tecnológica a nível da inteligência artificial não é sequer de topo, foi o suficiente para se questionarem aspectos cruciais do nosso dia-a-dia, como a educação e outras frentes de impacto tecnológico. Escândalos como o da venda de dados massiva por parte do Facebook, da alegada manipulação das eleições norte-americanas, sempre “alimentados” por um algoritmo, têm conferido destaque público ao tema do impacto tecnológico na sociedade.

Desta forma, urge que nos questionemos, como pais, educadores, gestores, trabalhadores, legisladores ou mesmo como cidadãos sobre como conceber um mundo onde a tecnologia serve o lado humano e não o contrário. E a propósito, actualmente, para que lado penderá o fiel da balança neste continuum? Mais para o lado dos humanos ou já perdemos para o lado da tecnologia, servindo-a meramente no seu apetite voraz pelos nossos dados?

Também na perspectiva das empresas, se constata uma urgência em, por um lado, de elevar os níveis de conhecimento em gestão e na área digital dos seus quadros para responderem aos novos desafios, mas por outro lado, não perder performance operacional, objectivos que sabemos serem, por vezes, incompatíveis.

Perante este status quo, e como não poderia deixar de acontecer, também nós na AESE Business School nos preocupamos com este tema e procuramos contribuir para o desenvolvimento de novas soluções que harmonizem os mundos físico e digital. Assim, uma das nossas contribuições mais recentes para este desafio, foi a criação do Programa DEEP – Digital Emersion Executive Program, cujo “ADN” foi desenhado de raiz para procurar dar resposta aos desafios da nova era digital sob várias perspectivas “humanizantes”. Assim, na vertente dos Conteúdos, o DEEP foi criado tendo por base um conjunto de seis pilares formativos englobando as áreas fundamentais da gestão como as finanças, a estratégia, as operações, entre outras, mas onde se destaca o forte pendor da área de comportamento humano na organização bem como uma componente importante de literacia digital, preparando estes participantes para os desafios da era digital.

Ao nível do formato, o DEEP foi criado tendo em mente as vidas agitadas dos profissionais da actualidade, tendo por isso uma carga horária, duração das sessões e duração total do programa, ajustadas a esta realidade, permitindo a devida fluidez, a nível da articulação da vida pessoal/familiar com a vida profissional dos participantes. A nível tecnológico, procurou-se potenciar a experiência dos participantes e dos professores, ao investir em tecnologias imersivas que potenciam a qualidade áudio e vídeo, maximizando a interactividade e a colaboração interpessoal. Finalmente, na vertente da abordagem relacional, a AESE conseguiu superar o desafio de transpor todo o seu savoir-faire de mais de 40 anos na formação de executivos, do mundo físico para o mundo digital, mantendo uma abordagem humanista, centrada na pessoa humana e focada em possibilitar uma experiência única em termos pedagógicos e relacionais (happy-hours, mentorias one-to-one, direcção de programa dedicada, tratamento na primeira pessoa, entre muitos outros).

De uma coisa podemos estar convictos: para que se consiga recentrar a importância da humanidade, no âmbito da relação com o digital de forma bem- -sucedida, teremos, efectivamente, todos que contribuir: pessoas, empresas, escolas e decisores – da nossa parte, é nisso que estamos apostados.

 

Estes artigos fazem parte do Caderno Especial “Academias” na edição de Março (n.º 147) da Human Resources, nas bancas.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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