Afinal, a maioria das startups e scaleups também têm dificuldades em atrair talento

De acordo com o estudo “A experiência de startup – melhores práticas de RH em empresas em rápido crescimento”, elaborado pela consultora Willis Towers Watson, 90% das startups e scaleups admitem ter dificuldade em atrair talentos e 95% confirmam ter problemas de retenção.

 

O estudo revela ainda que, 60% destas empresas afirmam competir com outras startups e scaleups de tamanho semelhante para encontrar perfis qualificados e 50% com organizações de maior dimensão.

Em relação à lealdade dos talento, a maioria (60%) das startups e scaleups indica que a permanência média dos profissionais na empresa é de 1 a 3 anos. O mesmo estudo mostra que uma das fontes de recrutamento consideradas mais importantes é a propaganda “boca a boca”, conforme indicado por 75% dos participantes no estudo, embora metade também recorra a outras vias, como as agências de recrutamento.

No que diz respeito às diferentes ferramentas de Recursos Humanos, destinadas a manter as equipas de trabalho motivadas, 75% dos participantes no estudo afirmam ter um programa de integração para recém-chegados. No entanto, apenas 25% oferecem programas de formação e desenvolvimento a colaboradores. E, apesar de 55% afirmarem ter implementado planos de progressão na carreira, apenas 25% mobilizaram recursos e implementaram ferramentas para tal.

O estudo mostra ainda que apenas 5% das empresas analisadas ouvem os colaboradores através de análises de compromisso.

A análise de Willis Towers Watson também indica que os principais factores de atracção em startups e scaleups (criadas após 2014) são oferecer um projecto desafiador com diversas oportunidades; a visão, missão e valores da organização; as oportunidades de apreender novas valências; e o desenvolvimento profissional. Todos são aspectos altamente valorizados pelos potenciais colaboradores. Por outro lado, os factores de fuga de talentos estão relacionados com o salário fixo, a segurança no emprego e as oportunidades de desenvolvimento ou políticas de bem-estar.

Quanto aos perfis mais difíceis de encontrar para o ecossistema empreendedor, o estudo identifica os developers, profissionais vinculados à área de dados e inteligência, gestores de contas, gestores de marketing e gestores de vendas. Por outro lado, as posições mais críticas para estas empresas são a primeira linha executiva (CEO), a de developer, de gestor de vendas, de gestor comercial e de gestor financeiro.

Por último, o relatório também mostra que as capacidades interpessoais, conhecidas como valências pessoais, serão mais procuradas por startups e scaleups nos próximos quatro anos. Estas capacidades incluem, por ordem de importância: resolução de problemas complexos; criatividade; flexibilidade cognitiva; capacidade de análise e tomada de decisão; capacidade colaborativa; gestão de pessoas; orientação para o serviço; pensamento critico; inteligência emocional; e aptidões negociais.

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