Afinal é dinheiro. Mais de metade dos colaboradores afirma que um salário competitivo e justo é a melhor solução para fixar talentos. Saiba quais as outras acções que mais valorizam
O estudo “A Retenção de Talentos na Era Digital” da Factorial revela que, para a grande maioria dos inquiridos (56%), um salário competitivo e justo é a melhor acção para fidelizar talentos numa empresa.
Promover o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais (49%) vem em segundo lugar, seguindo-se outras acções como dar feedback honesto e construtivo (47%), a preocupação com a saúde mental (45%) e a flexibilidade de horário e local de trabalho (45%).
Em relação à percepção existente quanto à retenção de talentos nas empresas portuguesas, mais de metade dos inquiridos (52%) acredita que as suas empresas conseguem fazê-lo, quase um terço (31%) expressou preocupação sobre este tema, e 17% preferiu não responder.
Foi também possível perceber que a percepção da retenção do talento é proporcional à dimensão das empresas, quanto maiores são as empresas, mais cépticos são os colaboradores quanto à capacidade destas para reter talento.
A Factorial quis também perceber quais são as estratégias prioritárias para a retenção do talento em 2024, tanto da perspectiva dos directores e gestores, como da perspectiva dos departamentos de Recursos Humanos.
Os primeiros indicaram que as suas estratégias-chave devem passar pela actualização do salário, disponibilização de bonificações por desempenho, por implementar avaliações de desempenho eficazes, criar programas de benefícios adaptados às necessidades específicas das equipas e ainda investir no desenvolvimento das competências profissionais.
Já os profissionais de RH dão importância primordial à actualização do pacote salarial, ao desenvolvimento de competência com foco na construção de planos de carreira, à melhoria do ambiente de trabalho com actividades de team building frequentes, à melhoria da comunicação entre a administração das empresas e os colaboradores e, finalmente, à criação de programas de reconhecimento e valorização das pessoas.
Por outro lado, o estudo também constatou que a esmagadora maioria dos inquiridos considera que a tecnologia e a digitalização de processos impactam positivamente o trabalho (94%), e que uma empresa que utilize ferramentas tecnológicas é mais atractiva para os potenciais candidatos (73%).
Algumas indústrias destacaram-se em relação às outras no que toca à percepção que têm da importância da tecnologia – nomeadamente as de Alimentação, Bebidas e Tabaco, Comércio a Retalho, Construção e Engenharia, Consultoria, Educação, Equipamentos e Serviços de Saúde, e Software e Serviços de TI, que parecem entender melhor que a tecnologia é impactante e essencial para o presente e o futuro do trabalho.
Contudo, apesar de reconhecerem o quão importante a tecnologia é, os departamentos de RH ainda não a implementam em pleno em áreas onde pode ajudar imensamente, como os processos de recrutamento e selecção. De facto, o Excel (41%) ainda lidera entre os métodos utilizados para gerir o recrutamento, seguido pelas folhas de papel e CV impressos (35%). Apenas uma pequena parte dos inquiridos (17%) já aderiu a processos digitais, como os softwares ATS, para fazer a gestão dos candidatos.
Este estudo foi levado a cabo pela Factorial em Portugal, tendo sido inquirido um total de 728 pessoas – 204 ocupam um cargo de gestão, 175 fazem parte de um departamento de Recursos Humanos e 349 são colaboradores de empresas (ou seja, trabalhadores por conta de outrem).