Amor duro ou liderança sábia?

Devemos elogiar frequentemente? Ou evitar repreensões que podem destruir a autoestima e deixar “marcas”? Educar um filho é o mesmo que liderar uma equipa? São as vidas familiar e organizacional assim tão distintas? Deixamos-lhe algumas pistas.

 

Por Arménio Rego, Católica Porto Business School, e Miguel Pina e Cunha, Nova School of Business and Economics

 

 

Numa obra publicada em 1928, e que viria a tornar-se popular, John Watson, responsável pela área de Psicologia da Johns Hopkins University, foi muito enfático acerca dos “perigos” de mimar os filhos e da necessidade de prepará-los devidamente para a exigente vida: “Nunca os abrace ou beije. Nunca lhes permita que se sentem no seu colo. Se for necessário, beije-os apenas na testa quando eles lhe disserem boa noite. Dê-lhes um aperto de mão de manhã. Dê-lhes um afago na cabeça se eles fizeram muito bom trabalho numa tarefa difícil”.

Watson recomendou ainda que as crianças deveriam aprender, desde o nascimento, a lidar autonomamente com os seus problemas. E acrescentou a importância da rotação dos cuidadores da criança para que esta não criasse apego pouco saudável a qualquer adulto. Tudo isto, alegava Watson, era importante para que a criança crescesse “rija” e “conquistasse o mundo”.

Este modelo de “liderança” é por vezes transposto para a vida organizacional e traduz-se em orientações peculiares: seja mais enfático na repreensão do que no elogio; os elogios pelo bom trabalho não fazem sentido porque as pessoas já são remuneradas precisamente para fazerem bom trabalho; evite mostrar simpatias e seja emocionalmente distante; não dê muita confiança; as pessoas respondem melhor ao medo do que aos afectos! E assim sucessivamente.

Leia na íntegra a reportagem na edição de Setembro da revista Human Resources.

 

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