Apenas 16% dos líderes pensa investir na reinvenção da força de trabalho

De acordo com a 10.ª edição do estudo anual Human Capital Trends da Deloitte, apesar de haver um maior investimento em tecnologia, apenas 16% dos líderes empresariais esperam fazer um aumento significativo do investimento na reinvenção contínua da força de trabalho nos próximos três anos.

 

No entanto, as organizações reconhecem que a aposta em novas competências ou na requalificação da sua força de trabalho é importante, com 53% dos entrevistados a afirmar que entre metade e toda a força de trabalho vai precisar de alterar as suas competências e reforçar as suas capacidades nos próximos três anos.

Embora as organizações estejam a avançar com diversas estratégias para reforçar a sua força de trabalho no futuro, 68% dos entrevistados relatam que as suas empresas estão actualmente a fazer apenas investimentos moderados em novos skills ou admitem mesmo que não estão a fazer qualquer investimento.

Cerca de 32% identificam a falta de investimento como a maior barreira para o desenvolvimento da força de trabalho na sua organização, com apenas 17% dos entrevistados a expressar confiança “em grande parte” de que suas organizações podem antecipar as skills que as suas organizações precisarão em três anos.

O estudo, que conta a participação de mais de 8 mil executivos em 119 países de todo o mundo revela que apenas 12% dos entrevistados afirmaram que as suas organizações estão a usar principalmente Inteligência Artificial (IA) para substituir colaboradores, enquanto que 60% disseram que sua organização estava a usar a IA para ajudar, em vez de substituir, a sua força de trabalho. Além disso, 66% dos líderes acreditavam que o número de postos de trabalho permaneceria o mesmo ou aumentaria como resultado do uso da IA nos próximos três anos nos seus respectivos negócios.

O estudo indica ainda que quase todos os entrevistados, 96%, afirmam que o bem-estar é uma responsabilidade organizacional. Embora 80% dos entrevistados identifiquem o bem-estar como uma prioridade importante ou muito importante para o sucesso de sua organização, 61% não estão a medir o impacto do bem-estar no desempenho organizacional.

Quando questionados sobre se a criação de um sentido de pertença pode apoiar o desempenho organizacional, 63% responderam que sim, melhorando o alinhamento entre os objectivos individuais e organizacionais. Cerca de 28% dos entrevistados disseram que estar alinhados com o objectivo, a missão e os valores da organização são as formas mais impactantes de ajudar a garantir um sentimento de pertença.

O estudo da Deloitte revela, igualmente, que as organizações podem estar a deixar de reconhecer a importância a trabalhadores subcontratados, mesmo apesar de esse segmento da força de trabalho estar a crescer rapidamente.

Por exemplo, apenas 21% das organizações dizem que sua estratégia de bem-estar inclui trabalhadores subcontratados. Um total de 80% dos entrevistados classificaram “a mudança radical no trabalho, carreiras e empregos devido à IA e aos novos modelos de emprego” como importantes ou muito importantes durante a próxima década. No entanto, apenas 45% disseram que estão preparados ou muito preparados para essa mudança – a menor pontuação de preparação para qualquer um dos pontos levantados como desafios emergentes nos próximos 10 anos.

 

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