As mulheres estão a ter mais sucesso no trabalho, mas à custa da sua saúde mental

Embora as mulheres estejam a desempenhar um papel cada vez mais importante na força de trabalho global, a Fortune revela que um estudo recente da Deloitte a cerca de cinco mil mulheres de diferentes cargos e posições, em 10 países, mostra que pelo menos metade delas reportou níveis de stress mais elevados do que há um ano, e o absentismo aumentou por motivos de saúde mental.

 

Entre as preocupações gerais, a saúde mental (48%) ficou atrás apenas da segurança financeira (51%) e dos direitos das mulheres (50%), e os resultados parecem fortemente ligados às horas trabalhadas. Entre as que trabalham apenas as horas contratadas, cerca de metade descreve a sua saúde mental como boa – um número que caiu para 23% para aqueles que trabalham regularmente fora de horas. E apenas 37% das mulheres afirmam sentir-se capazes de desligar do trabalho.

Também menos mulheres declaram sentir-se apoiadas pelos empregadores no que diz respeito a questões de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mostrando-se mais propensas a mudar de emprego. O relatório mostra também que 43% esperam permanecer no seu actual empregador por apenas um a dois anos, 29% durante três a cinco anos e apenas 9% declaram que permaneceriam por mais de cinco anos.

Segundo a Deloitte, um pequeno grupo de empresas está a fazer progressos e define “Líderes da Igualdade de Género” como empregadores que construíram culturas inclusivas que valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e onde as mulheres e as suas carreiras são apoiadas. Nessas empresas cerca de 62% das mulheres afirmam que pretendem permanecer por mais de três anos, em comparação com apenas 13% de mulheres nas outras. Em termos de progressão para um papel de liderança sénior, as percentagens registam, respectivamente, 92% contra 31%.

No que diz respeito aos cargos de liderança sénior, a igualdade de género no trabalho ainda tem um longo caminho a percorrer.

A Deloitte observa que apenas uma em cada 10 mulheres inquiridas considera que o empregador está a tomar medidas concretas para cumprir o seu compromisso com a igualdade de género. De acordo com o relatório: «As mulheres que trabalham para Líderes da Igualdade de Género, empresas que demonstram este foco, sentem-se mais seguras, mais confortáveis ​​em revelar desafios no que concerne a sua saúde e bem-estar, e são significativamente mais propensas a permanecer com o seu empregador por mais tempo.»

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