Atração e retenção de talentos, uma forma de estar na vida (das empresas)
Para um departamento de recrutamento um dos maiores desafios é a atração e retenção de talentos. Não fugimos à regra, mas acrescentamos que é também para nós uma forma de estarmos na vida, pois queremos os melhores dos melhores. Para quem não lida com pessoas, ou tem conhecimento sobre o tema, o pensamento poderá ser mais linear: “se há tanto desemprego é assim tão desafiador contratar pessoas?”
Por Bruno Coelho, CO-CEO do Hub do Campo Pequeno da Zome Pr1me e Diretor de Marketing do Grupo Pr1me
Vamos começar por definir atração e retenção de talentos. A atração está relacionada com a capacidade de atrair bons profissionais. Já a retenção prende-se com a capacidade de mantê-los por muito tempo no seio de uma empresa. São desafios que requerem estratégias diferentes e colocam-se duas questões, simples: porque é que esses profissionais deverão escolher a minha empresa (e não outra) e o que fará com que permaneçam?
Atrair uma pessoa que precisa de emprego ou desmotivada com o que faz pode ser considerado fácil, complicado é encontrar verdadeiros talentos que façam o fit perfeito com a cultura e posicionamento da empresa e que reúnam as soft skills necessárias. Reter pessoas que são acomodadas e/ou que não tenham uma perspectiva de crescimento na carreira não é tão desafiador como retermos os profissionais de alta performance que acabam por ser cobiçados por outras empresas. A atração e retenção de talentos eficaz só traz benefícios para a organização, pois num processo mal estruturado todos perdem tempo, um dos bens mais preciosos e claro, não sejamos hipócritas, dinheiro.
Um consultor imobiliário tem que estar inserido numa estrutura bem organizada, com acesso a ferramentas, formações e sistemas. Um plano de carreira bem definido e passível de ser atingido é vital, por isso há que valorizar e reforçar as competências de um consultor e dar as condições para que possam vir a desenvolver competências de gestão e liderança. É crucial que tenham acesso a ferramentas e assim verem a sua ambição concretizada, ou seja, serem os gestores da sua própria equipa.
Esta é uma profissão de pessoas para pessoas, sempre com o objectivo de prestar o melhor serviço ao cliente e para isso é preciso tempo. Quando existe esse mindset há um aumento da carga laboral e os consultores têm a necessidade de criar a sua própria equipa e reinventar procedimentos tendo em mente a eficácia e a eficiência. Agilidade na liderança e no negócio é poupar tempo. Tempo é sinónimo de fazer dinheiro. Tempo é conseguir fazer um acompanhamento de excelência junto do cliente, tempo é necessário para a gestão de leads e referrals e, claro, há aquele tempo que não pode faltar nunca, o tempo para a família.
Ao reconhecer esta necessidade, os consultores desenvolvem uma estrutura de apoio, para si e para os que trabalham consigo. E um negócio só cresce com uma estrutura bem sedimentada, ou seja, com consultores inseridos em equipas consistentes, organizadas e motivadas.
Creio que deveria ser transversal a qualquer setor uma empresa construir um ambiente flexível e apostar em pessoas que desejam aprender, tenham causas e princípios em comum com a empresa. Ambos as partes saem vencedoras.