Avila Spaces: Um cowork que atrai talento
O mais premiado espaço de trabalho partilhado de Lisboa é cada vez mais procurado por grandes empresas que estão a integrar este modelo nas suas políticas de flexibilidade laboral.
Esta aposta em espaços de coworking é cada vez mais uma estratégia de atracção e retenção de talento por parte das empresas. Carlos Gonçalves, CEO e fundador do Avila Spaces faz notar que as políticas de flexibilidade podem passar por aqui, numa alternativa ao “home office”.
Quando e como surgiu o Avila Spaces?
A empresa nasceu como Avila Business Centers, em 2004. Desde logo apostámos na personalização do serviço, uma característica que faltava às empresas que estavam no mercado. Decidimos que os clientes deviam ser tratados como pessoas de família e que o nosso espaço devia ser acolhedor, informal, mas sem perder o toque “premium” que sempre nos caracterizou. O nosso conceito funcionou muito bem e muitos dos nossos primeiros clientes perceberam a mensagem: onde outros espaços de escritórios eram frios e institucionais, nós conseguimos ter um serviço personalizado, “cozy” e preocupado com as necessidades de cada cliente.
Na vossa perspectiva, e com a vossa experiência, quais os principais factores que levam uma empresa a optar pelo cowork?
É muito interessante perceber que os espaços de coworking são cada vez mais procurados pelos departamentos de Recursos Humanos de pequenas e grandes empresas, no âmbito de estratégias de atracção e retenção de talento.
Há cada vez mais empresas a contratar espaços de coworking para permitir que os seus colaboradores trabalhem a partir de lá durante alguns dias da semana ou do mês.
Seguindo uma tendência internacional, as políticas de flexibilidade laboral prevêem que os profissionais possam trabalhar pontualmente fora da sede da empresa, não perdendo tempo no trânsito, trabalhando mais perto de casa e da escola dos filhos. Na prática, é uma excelente alternativa ao “home office”, que conduz muitas vezes ao isolamento e à fraca produtividade.
Pode partilhar alguns casos de sucesso, em concreto?
Posso partilhar o caso da Cabify, que optou pelo coworking como alternativa ao arrendamento convencional, o caso da Airbnb e Pepsi Co, que contrataram postos de trabalho para alguns profissionais trabalharem remotamente. Há cada vez mais empresas a contratar espaços de coworking corporativo, proporcionando conforto e um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional aos seus colaboradores.
O que acha que justifica esse aumento significativo da procura?
Acima de tudo, as empresas querem oferecer condições de bem-estar aos seus colaboradores, pois já perceberam que, se tal não acontecer, eles irão procurar outro emprego. Mas um espaço de cowork para empresas não é um mero local com mesas partilhadas. É muito mais do que isso. É um serviço que oferece conforto ao cliente e todas as condições para que este fique focado no seu trabalho sem ter que se preocupar com a manutenção e organização do espaço, o atendimento telefónico, a gestão de correspondência, além de outros serviços.
Ainda subsiste a ideia de que coworking é um espaço com excesso de informalidade. É mesmo assim?
Há cada vez mais espaços de coworking corporativos, onde a informalidade convive com o profissionaismo e o respeito pelos outros profissionais. O nosso mantra é “Work. Relax. Enjoy.”. Ou seja, somos um espaço onde as pessoas estão focadas no trabalho, mas também têm oportunidade de se divertirem nos eventos ou nas “happy hours” de sexta-feira à tarde.
Quais as tendências que perspectiva em termos de espaços de trabalho?
Há um respeito cada vez maior pela diversidade dos profissionais. A tendência será os espaços de cowork corporativos conceberem vários ambientes de trabalho para poderem responder a diferentes necessidades. Um profissional extrovertido prefere trabalhar num open-space, mas uma pessoa mais introvertida prefere um espaço privativo. É fundamental garantir a privacidade dos profissionais, daí que as salas de reuniões e as “phone-booths” estejam cada vez mais presentes nos espaços de coworking. Todos estes pormenores contriburão para que as pessoas se sintam mais felizes e produtivas no seu espaço de trabalho.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Escritórios do Futuro”, publicado na edição de Março da Human Resources.