BCE corta finalmente as taxas de juro. Que implicações tem nas prestações das casas?

O Banco Central Europeu baixou as taxas de juro e esta medida terá reflexos na carteira de quem paga crédito à habitação. O Ekonomista explica tudo. 

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu as taxas de juro em 25 pontos base, uma medida já há muito antecipada pelos analistas, prevendo-se que seja um dos primeiros passos para um alívio ainda maior até final do ano.

Pela primeira vez desde Março de 2016, a instituição baixou a sua taxa principal de refinanciamento para 4,25%, a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,50% e a taxa de depósito para 3,75%.

Esta é uma boa notícia para quem tem crédito à habitação. Após meses consecutivos de subidas da prestação mensal, as famílias deverão começar a sentir algum alívio na carteira, mesmo com o discurso cauteloso do BCE.

As prestações vão de facto baixar nos próximos meses, mas não é de esperar que a descida das taxas seja tão rápida e vertiginosa como aconteceu com a subida.

Mais de 95% dos contratos para compra de casa têm como indexante as principais taxas Euribor (seja a 3, 6 ou 12 meses), que acompanham de perto as taxas diretoras do BCE e as suas oscilações. E isso nem sempre significa uma descida acentuada dos valores que as famílias pagam.

Por exemplo, quem tiver um empréstimo de 200 mil euros a 30 anos (com um spread de 1%) e a Euribor a seis meses, esta descida significa uma descida de 39 euros na prestação mensal.

Porém, esta descida das taxas de juro também traz más notícias. O alívio da política monetária anunciado pelo BCE também se reflecte na remuneração que os bancos proporcionam a quem tem depósitos bancários (como contas a prazo) ou outros produtos financeiros. Ou seja, os juros que o dinheiro rende também começam a descer.

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