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Candidatou-se a uma vaga de emprego que refere “salário competitivo”? Esteja atento a estes sinais de alerta na(s) entrevista(s)
Os anúncios de emprego que afirmam oferecer um “salário competitivo” estão a aumentar, colocando mais responsabilidade sobre os candidatos descobrirem quanto podem esperar de uma nova função. Se estiver no início de um processo de contratação sem indicação salarial, pode haver indícios de que a promessa de um “salário competitivo” seja algo vazia. A CNBC partilha alguns sinais de alerta a observar nas conversas com recrutadores.
Embora seja possível descobrir a faixa salarial após uma ou duas conversas, talvez não queira avançar mais sem ter uma ideia, no caso de a oferta não corresponder aos limites que traçou.
Evitam falar sobre salário quando se toca no assunto
Um sinal de alerta é quando um recrutador não está disposto a discutir a remuneração, diz Bonnie Dilber, líder de recrutamento na empresa de software Zapier.
Outras reacções que fazem soar os alarmes: quando um recrutador diz que não fala sobre o salário porque não quer que isso influencie o interesse de um candidato, e um empregador pergunta sobre as suas expectativas salariais, mas recusa-se a divulgar o seu intervalo.
«Não eliminaria um potencial empregador apenas com base na falta de transparência salarial, mas esperaria que falassem abertamente sobre isso no processo de entrevista», diz Dilber.
Estão sempre a adiar a conversa salarial
Pode haver razões válidas para uma empresa não divulgar um valor aproximado do salário no início do processo de contratação, diz Jeff Hyman, recrutador executivo há 28 anos.
O empregador pode não ter analisado candidatos suficientes para chegar a uma faixa salarial, ou o “entrevistador” pode necessitar de aprovação superior antes de lançar um número, explica. Porém, se a empresa continuar a fugir da conversa sobre remuneração após várias entrevistas, isso sim é um claro sinal de alerta, garante Hyman.
Isto pode significar que o empregador ainda não tem ideia de quanto quer pagar pela função e, nesse caso, estará a perder o seu tempo até que ele se decida. Outra possibilidade: a empresa está a tentar mantê-lo interessado até ao último minuto, enquanto puder aproveitar o desespero ou limitar as opções de negociação.
«No final da terceira conversa, deverá ter uma compreensão bastante clara da remuneração. Se for além disso, deve levantar suspeitas», alerta, aconselhando como abordar o tema.
E sugere o seguinte guião: «Tivemos conversas muito interessantes e estou confiante de que posso acrescentar imenso valor, como X, Y, Z. Ao mesmo tempo, estamos ambos ocupados e tenho a certeza de que não queremos investir tempo numa conversa infrutífera, apenas por uma questão de falta de alinhamento nos números. Por que não analisam a questão e voltamos a falar quando tiverem definido esses valores?»
Mantenha um tom humilde, observa Hyman, mas «fazer-se de difícil» pode levar a um tempo de resposta mais rápido.
Enfatizam demasiado os benefícios não monetários
Ambiente de escritório, snacks gratuitos e dias-extra de férias são geralmente ofertas bem-vindas, mas uma ênfase excessiva nestas vantagens pode ser um sinal de que uma empresa não está a oferecer um salário competitivo, diz Hyman.
Isso não quer dizer que estes benefícios não tenham valor ou sejam sinais de alerta por si só. «Podem valer muito para a pessoa certa. Mas se continuar a ouvir uma lista de coisas que não inclui dinheiro, é pelo menos uma bandeira amarela.»