Catarina Paiva, Turismo de Portugal: A cultura come mesmo a estratégia ao pequeno-almoço?

Catarina Paiva, administradora do Turismo de Portugal, defende que «uma cultura organizacional forte e alinhada com a estratégia pode contribuir, e contribui, de forma decisiva para o sucesso da sua implementação, ou, pelo contrário, pode constituir uma barreira que coloca em causa toda a execução de uma estratégia, por mais robusta e bem concebida que esta seja».

 

«Quando Peter Drucker, um dos mais importantes pensadores da gestão moderna, escreveu a frase “Culture eats strategy for breakfast”, pretendia realçar a importância da cultura da organização enquanto elemento fundamental para a execução (ou não) da estratégia definida. Uma cultura organizacional forte e alinhada com a estratégia pode contribuir, e contribui, de forma decisiva para o sucesso da sua implementação, ou, pelo contrário, pode constituir uma barreira que coloca em causa toda a execução de uma estratégia, por mais robusta e bem concebida que esta seja.

Mas quando falamos em cultura organizacional, estamos a falar concretamente do quê? Cultura são todas as interacções que se tem no ambiente da organização e como estas impactam nas equipas, são as normas não escritas, são os rituais, as crenças, os valores e os comportamentos que acontecem no dia-a-dia e que ditam a forma como a identidade da organização é percepcionada, tanto internamente como externamente. Representa os princípios fundamentais que guiam as acções e decisões da organização e reflectem a sua identidade.

No 55.º questionário do Barómetro da Human Resources, quando questionados sobre se a cultura organizacional está a perder relevância nas empresas, uma percentagem muito relevante (34%) refere que não só não está a perder como, pelo contrário, está a aumentar a sua relevância, precisamente porque o contexto de uma maior preponderância de trabalho remoto e uma nova postura dos profissionais face ao trabalho conduziram a que o tema da cultura se tenha tornado ainda mais crítico, pois ela constitui a cola invisível que mantém os colaboradores ligados e alinhados quanto à estratégia e objectivos da organização.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Outubro (nº.166) da Human Resources, no âmbito da LV edição do seu Barómetro.

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