Central de Cervejas lança programa de capacitação e empregabilidade na Restauração em parceria com várias entidades

O programa Reconectar foi apresentado ontem, dia 14 de Novembro, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, contando, para além de todos os parceiros da iniciativa – Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), Associação CAIS, o Turismo de Portugal ,através da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EHTL), e a AHRESP – com os 10 primeiros participantes deste programa de capacitação e empregabilidade para a área da Restauração.

 

O objectivo é apoiar na resposta à escassez actual e futura de profissionais que as empresas de restauração enfrentam, ao mesmo tempo que promove a inclusão e a capacitação de pessoas em situação de vulnerabilidade social ou desemprego.

Na apresentação formal feita ontem, Sandra Peixoto, responsável de Sustentabilidade da SCC, fez notar que a ideia surgiu da intenção de aproximar duas necessidades:  escassez de recursos humanos na Restauração e nas dificuldades e recrutamento; e empregar pessoas com motivação para abraçar novas oportunidades. E une três vertentes: qualificação e requalificação; empregabilidade; e sustentabilidade.

«O grande objectivo é que cada participante adquira as competência necessárias e ferramentas que lhes dêem confiança para alavancar os seus perfis e promover a sua empregabilidade», salientou.

O Reconectar é, então, um programa de capacitação e empregabilidade que visa dotar os participantes de uma formação teórica e prática certificada. A edição piloto conta com 10 participantes e já teve início no passado dia 4 de Novembro. Terá a duração de cerca de um mês e uma carga horária de 44 horas, seguido de um estágio de 160 horas.

Os participantes são identificados e seleccionados pela Associação CAIS com base em diferentes critérios, como a sua apetência para trabalhar na área da restauração e adequação do perfil ao programa, para além de serem privilegiadas pessoas que se encontram em situação de desemprego prolongado.

Durante a formação, os participantes poderão adquirir diferentes conhecimentos relevantes para o sector, ao longo de três módulos, contando com a experiência e know how das entidades promotoras, que os irão ministrar:

  • desenvolvimento de competências pessoais e sociais, nomeadamente de gestão emocional (CAIS);
  • formação certificada em serviço de restauração e bar, incluindo higiene e segurança alimentar (EHTL);
  • formação sobre o processo de produção, ingredientes e método de tiragem de cerveja (SCC).

«Para além da formação teórica e prática, está prevista a realização de um estágio», completa Sandra Peixoto. É aqui entra a AHRESP, que irá desempenhar o papel de facilitador na ligação dos participantes a oportunidades de estágio no alojamento e restauração, e à inserção destes no mercado de trabalho, através da sua Bolsa de Emprego.

«O que pretendemos no final é que haja impacto positivo na vida das pessoas e tamém do sector, tão relevante para a economia em Portugal», sublinha a responsável.

A Central de Cervejas, para além da formação em produção cervejeira, dará suporte a bolsas para os formandos, estando também focada no envolvimento dos seus clientes no Programa Reconectar, para ampliar oportunidades de colaboração e de rede de contactos para os participantes.

Os parceiros 

A sessão de apresentação continuou com uma mesa redonda, moderada por Conceição Zagalo, presidente da mesa da Assembleia Geral da Associação Cais, contanto com a participação de Salomé Faria, directora de Comunicação e Relações Institucionais da SCC; Matilde Cardoso, presidente da CAIS; Carlos Abade, presidento do Turismo e Portugal; e Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP. E a pergunta inicial foi igual para todos, o que os movia neste projecto, a nível pessoal e profissional.

Para Salomé Faria, directora de Comunicação e Relações Institucionais da Central de Cervejas e Bebidas, «com este programa, procura-se ampliar o impacto positivo na sociedade. O objectivo é “juntar os diferentes mundos”, reconectar os diferentes stakeholders para, em conjunto, dotar os participantes das condições necessárias para terem acesso a emprego qualificado e a novas oportunidades económicas.» referiu ainda o propósito da SCC – “Criar a alegria da verdadeira união para inspirar um mundo melhor” – e compromisso de criar impacto positivo na sociedade.

Para Matilde Cardoso, presidente da Associação CAIS, «é um programa de grande relevância alinhado com os nossos projetos de apoio e acompanhamento para a integração no mercado de trabalho. Espera-se um impacto social relevante na vida dos participantes desta primeira edição que, idealmente, irão conseguir construir um percurso de vida autónomo, ao mesmo tempo que valorizam o seu perfil pessoal e profissional.»
Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, refere que «o Turismo de Portugal é já responsável por um conjunto de iniciativas, muitas delas implementadas ou apoiadas pela sua rede de 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, que visam a sustentabilidade, a inclusão e o apoio às comunidades locais. Por isso, e através da Escola de Lisboa, é um orgulho integrar o projecto Reconectar, colocando a formação de excelência ao serviço de um projecto que, também através do turismo, contribui positivamente para a construção de um futuro melhor.»
Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, considera que, no actual contexto de escassez de trabalhadores, todas as iniciativas de capacitação e empregabilidade são bem-vindas, «E muito especialmente quando conseguimos aliar uma solução, que é urgente, à possibilidade de ajudar a resolver um problema social como aquele que enfrentam as pessoas em situação de vulnerabilidade social e/ou desemprego.» Ana Jacinto congratula a iniciativa referindo que é «um enorme gosto participar no Reconectar», sublinhando que «a falta de recursos humanos não pode ser um travão à recuperação económica, nem pôr em causa a competitividade do turismo português, uma das principais fontes de receita para o país. Afinal, só num país economicamente saudável será possível continuar a tentar sanar as situações de adversidade que ainda existem na população.»
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