Cientistas, profissionais de saúde e organizações unem-se na resposta à crise
O EIT Health, lançou uma plataforma de colaboração, através da qual inovadores, cientistas, profissionais de saúde e organizações podem estabelecer parcerias para encontrar soluções para a COVID-19.
A plataforma, que está disponível no site da EIT Health, permite que os profissionais que trabalham no sector da saúde e que estão ligados à investigação da COVID-19 possam publicar uma “oferta” ou um “pedido” de colaboração. Logo nos primeiros dias foram apresentadas mais de 200 propostas, como ventiladores open-source, dispositivos de bio-descontaminação gratuitos para hospitais e aplicações para monitorizar a disseminação do vírus.
O objectivo da plataforma é descobrir directamente com os especialistas quais são os recursos de que precisam neste momento e quais são os recursos que podem partilhar dentro da União Europeia (UE). A EIT Health está a desempenhar o papel de mediador, ajudando na colaboração entre regiões para encontrar as melhores soluções para combater a pandemia.
Em Portugal, a startup Mindflow, apoiada pelo Instituto Pedro Nunes, utilizou técnicas de “gamificação” para criar videojogos educativos sobre a COVID-19. A aplicação baseia-se apenas em factos e informações confirmadas pela Direcção-Geral da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde sobre o que é a COVID-19, como se pode proteger e como evitar a propagação da pandemia.
Outro exemplo é a Wisify, uma start-up apoiada pelo EIT Health que teve origem na Universidade do Porto e que desenvolveu um novo design de impressão 3D para máscaras de protecção que reduz o tempo de impressão de duas horas para 30 minutos.
Também a Delox, uma spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), desenvolveu a tecnologia dryVHP, um avançado agente de bio-descontaminação que permite a criação de dispositivos compactos, simples e eficazes. Com este avanço tecnológico, a Delox foi uma das finalistas do concurso EIT Health InnoStars Headstart em 2019. Além disso, como resposta à rápida propagação da COVID-2019 em Portugal, a Delox está disposta a apoiar um dos hospitais através do fornecimento do dispositivo de bio-descontaminação para máscaras de protecção, óculos e batas, e outros equipamentos que são urgentemente necessários nos hospitais.
Os inovadores portugueses juntam-se a outros inovadores europeus, por exemplo, a Oxipit, uma start-up de software informático, está a oferecer um modelo de IA (inteligência artificial) para diagnóstico por radiografia torácica aos hospitais que apresentam escassez de radiologistas.
Em Itália, a PatchAI ofereceu uma aplicação para a prevenção e monitorização da COVID-19 na população, ao passo que a SoftMining ofereceu uma aplicação aos hospitais para os ajudar a avaliar o risco de transmissão do vírus.