Como desenvolver um processo de recrutamento mais inclusivo em cinco passos

Junho é o mês pride e tem como objectivo comemorar a luta pelos direitos LGBTQIA+ e a busca contínua da igualdade e respeito para com os membros da comunidade. O ManpowerGroup apresenta um guia útil.

 

Eis cinco estratégias para que as empresas consigam desenvolver um processo de recrutamento inclusivo.

1. Garantir que todos os momentos de contacto com os candidatos têm como base a inclusão e igualdade
Para conseguir atrair uma força de trabalho diversa é essencial assegurar um processo de recrutamento igualitário e inclusivo. Para isso, as organizações devem definir políticas e programas que permitam fazer uma selecção totalmente livre de preconceitos, garantindo que esta preocupação está presente desde o primeiro contacto entre a empresa e candidato. Logo na fase de divulgação da vaga, a linguagem utilizada deve ser inclusiva e neutra em termos de género.

Posteriormente, o processo de selecção deve sempre incluir vários membros da empresa, para que haja uma variedade de perspectivas que impeçam enviesamentos inconscientes na decisão, algo que pode igualmente ser reforçado com ferramentas especializadas que potenciem a tomada de decisões baseadas na análise de dados, para reduzir o preconceito e melhorar a adequação entre candidatos e funções. Mesmo aquando da fase de integração do profissional na organização, é importante continuar a assegurar estes valores, em toda a equipa e momentos.

2. Reduzir os preconceitos inconscientes em toda a estrutura
A existência de preconceitos inconscientes pode inibir a diversidade, especialmente quando estes se revelam durante entrevistas de emprego e conversas sobre progressão de carreira, e quando partem dos próprios líderes. Caso esta mentalidade não seja corrigida, pode-se afectar negativamente tanto a cultura como os colaboradores, que não se sentirão confortáveis nem confiantes em partilhar a sua orientação sexual.

Para o contrariar, as empresas devem investir no desenvolvimento de competências transversais a todos os profissionais no que diz respeito à empatia, expondo-os a outros pontos de vista, bem como promover a sua formação em matéria DEIB. Neste campo, os líderes devem dar o exemplo, incentivando a restante organização a ingressar neste tipo de programas.

3. Desenvolver uma política corporativa eficaz de DEIB
Para assegurar que todos os seus colaboradores se sentem respeitados, acolhidos e valorizados, é essencial criar políticas que definam claramente objectivos e responsabilidades da empresa e dos profissionais, promovendo a adesão a estes princípios em todos os níveis da organização.

Além da formação, devem ser promovidas acções que reforcem uma cultura inclusiva, como por exemplo palestras com oradores convidados com conhecimento nestas temáticas ou a prática de um maior cuidado na própria linguagem utilizada e a generalização do uso dos pronomes junto ao nome.

Todas estas dinâmicas permitirão às empresas criar um ambiente mais inclusivo, que irá promover o bem-estar dos profissionais e, consequentemente, atrair o melhor talento externo, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de género.  

4. Criar uma rede de apoio LGBTQIA+
Para que as políticas sejam eficazes na atracção e retenção de trabalhadores LGBTQIA+, os esforços da sua empresa devem ter visibilidade. Devem ser apoiados os esforços dos colaboradores LGBTQIA+ para criarem os seus próprios grupos de apoio e partilha, oferecendo-lhes oportunidades de desenvolvimento de actividades.

Para além disso, o estabelecimento de uma ligação com a comunidade LGBTQIA+, através de parcerias com grupos de apoio locais, tais como centros de juventude, centros comunitários, grupos de defesa e instituições é fundamental para compreender os desafios que estes colaboradores enfrentam e, consequentemente, assegurar um ambiente mais inclusivo.

 

5. Ouvir e ter disposição para aprender
Garantir um ambiente de trabalho que incentiva a diversidade passa também por assumir erros e estar disposto a ouvir e aprender, e esta atitude deve estar presente em toda a estrutura da organização. É fundamental reconhecer comportamentos incorrectos e corrigi-los, respondendo com compaixão, preocupação e humildade, já que a maneira mais eficaz de tornar uma empresa inclusiva é abrir espaço para o crescimento e evolução de mentalidades.

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