“Como são as equipas e empresas multi-tudo?”

O segundo painel da XI Conferência da Human Resources Portugal contou com a presença de Nelson Pires, presidente da farmacêutica Jaba Recordati e de Sofia Tenreiro, directora-geral da tecnológica Cisco. Para esta “Conversa com os Presidentes”, Pedro Ramos, administrador da Groundforce, e moderador desta mesa redonda, deu o mote questionando como é que acontece «o processo das equipas e empresas multi-tudo?», sejam elas multi-geracionais, multi-culturais, multi-tasking, multi-motivacionais ou multi-geográficas.

Num mundo em constante movimento e transformação, Sofia Tenreiro não tem dúvidas em afirmar que «é impossível não ter multi-tasking. O mundo está a mudar radicalmente. O tempo passa muito depressa. Temos que nos adaptar». Partindo do exemplo da Cisco, Tenreiro afirma que aí existe «grande multi-culturalidade (…), com 36 nacionalidades em casa», considerando este aspecto “muito importante”. Isto porque, os estrangeiros que entram na organização «estão muito aberto ao “bonding” [criar laços] e à aprendizagem», ou seja, «ganhamos motivação e ganhamos uma entrega que nunca tinha visto».

Sobre esta questão, Nelson Pires, identifica, no entanto, um desafio: «A definição da responsabilização é difícil quando existem diferentes origens». Apesar disso, os seus anos de experiência, permitem-lhe ainda explicar que os portugueses têm «uma grande vantagem sobre grande parte dos países: somos muito profissionais. Somos muito focados.» Mas, o presidente da Jaba Recordati conta que no início não foi fácil enfrentar a diferença de idades e de anos de trabalho na empresa, tendo percebido mais tarde que tinha de ser «mais instrutivo com pessoas com mais de 30 anos de casa». Por isso, deu conta também que quando «as pessoas entram na função e dizem ‘esta função é minha’, tudo fica facilitado».

No final, Pedro Ramos desafiou os oradores a escolheram duas competências fundamentais que «um líder multi-tudo precisa de ter». Ora, Nelson Pires elegeu a «resiliência e paciência», sendo que Sofia Tenreiro escolheu a «adaptabilidade e a rapidez».

Leia a reportagem na íntegra na edição de Maio, da revista Human Resources Portugal.

 

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