Como ser um líder empático em tempos de stress

Ser um bom líder, por si só, já é um desafio, mas em tempos stressantes ou de incerteza, é ainda mais assustador. O gestor é responsável pelos resultados do negócio e pela satisfação e bem-estar no trabalho dos seus colaboradores. É uma tarefa difícil, especialmente quando a maioria das pessoas que ocupam cargos de gestão nunca foram ensinadas a gerir.

 

A melhor forma de fazer com que os colaboradores se sintam respeitados e valorizados em momentos de stress é ser mais empático. A Fast Company explica o que isso significa e como colocá-lo em prática:

A empatia não é uma emoção, é uma escolha

Davianne Harris, colaboradora da Fast Company, acredita que a empatia é muitas vezes mal interpretada como uma forma de responder ou reagir em situações desafiantes. A empatia é mais uma mentalidade do que uma qualidade. E explica que ser um líder empático é a «diferença entre dizer aos colaboradores como resolver um problema e desenvolver pessoas que consigam criar soluções à sua maneira».

Liderar com empatia exige fazer com que as pessoas se sintam ouvidas e valorizadas, o que significa perguntar aos colaboradores a sua perspectiva e considerar o que expressam quando tomam decisões.

Comunicação transparente e clara

Uma das maiores formas de construir e manter a confiança como líder é ser o mais claro e transparente possível. Especialmente em tempos de incerteza, os colaboradores desejam mensagens directas e honestas dos seus chefes que vão além das directrizes e planos, explica Leah Mether, colaboradora da Fast Company.

Em momentos de incerteza ou stress, partilhe o máximo de informação possível e seja honesto. É também útil ser capaz de articular claramente a visão, a direcção e as prioridades da equipa ou empresa e explicar o “porquê” por trás das decisões.

Definir expectativas realistas também é importante. Mether sublinha que, quando tudo parece estar fora de controlo, é essencial ter expectativas realistas e claras sobre os requisitos do trabalho, os padrões de comportamento, a sustentabilidade da carga de trabalho e a flexibilidade de trabalho.

Coloque-se no lugar do colaborador

Stephen Kohler, colaborador da Fast Company, aconselha os líderes a usarem o pragmatismo empático, dizendo que navegar em tempos difíceis exige que «reconheçam a dura realidade empresarial, tendo em mente as pessoas que essas decisões afectam», ou seja, equilibrar a compaixão com a determinação. Uma das melhores formas de pôr isso em prática é colocar-se no lugar do colaborador.

Pode parecer óbvio, mas é facilmente esquecido. Pergunte a si mesmo: se recebesse trabalho extra, se o meu sector andasse a ser alvo de despedimentos em massa, se soubesse que a empresa não atingiu os objectivos de lucro, o que estaria a pensar ou a sentir? Como me afectaria directamente a mim, equipa ou família? Como gostaria de ser tratado? Afinal, não é por acaso que tratar as pessoas como gostaria de ser tratado é uma “regra de ouro”.

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