Como será o futuro (pós-pandemia) da Gestão de Pessoas? Há nove tendências evidentes

As notícias são de desaceleração e de flexibilização do isolamento social. No pós-pandemia, perguntas surgem a respeito do funcionamento de inúmeros segmentos. Nesse contexto, surgem algumas previsões sobre o futuro dos Recursos Humanos. 

 

Os meses de pandemia aceleraram mudanças que já estavam em curso, como as transformações nos hábitos e rotinas não só de consumidores, mas também de gestores e colaboradores das empresas.

O número considerável de mortes é preocupante. Os cidadãos continuam mais propensos a permanecer em casa. As equipas de trabalho concentrem-se no trabalho online, o que exige uma nova gestão de pessoas e a implementação de tecnologias para oferecer suporte à execução de serviços.

É provável que este momento de incertezas passe, mas o futuro dos RH estará mais voltado para o modelo home office, trazendo uma série de novas tendências.

1. Flexibilidade de horário
A rigidez de picar o ponto mostra-se cada vez menos eficiente, o que abre espaço para a flexibilidade de horário. O modelo de teletrabalho funciona com controle de produtividade e não de horários. Períodos tradicionais como das 09h às 18h, das 08h às 17h, entre outros, estão em declínio.

Para acompanhar esta tendência, é importante que o gestor monte um quadro de actividades, tenha prazos e metas para o cumprimento das funções. Isso garante liberdade para o colaborador, ao mesmo tempo que ajuda o profissional de RH a planear soluções para optimizar o desempenho das equipas.

2. Processos de admissão e despedimento online
A admissão e o despedimento online já vinham a ser utilizados por diversas empresas. Hoje em dia, há quase uma obrigação quanto à implementação desses processos, dadas as circunstâncias da pandemia.

Plataformas digitais são úteis para aprimorar o processo de recrutamento e selecção. Ajudam a tornar as contratações mais eficazes, alinhando, por exemplo, os perfis dos candidatos ao fit cultural das empresas, o que permite o alcance de profissionais que realmente sejam capacitados e se enquadrem nas vagas.

3. Trabalho remoto, semipresencial e ambientes virtuais
O modelo de teletrabalho exercerá um papel fundamental no cenário pós-pandemia, permitindo que as empresas continuem a funcionar com o colaborador mais protegido.
A implementação do trabalho em ambientes virtuais não precisa abranger 100% das actividades e pode ser aplicada dentro do modelo semipresencial, com reuniões semanais ou quinzenais, por exemplo.

4. Protagonismo do RH
O protagonismo dos Recursos Humanos demonstra que muitas vezes pode e deve-se tornar um processo digital, garantindo a presença online e trazendo optimização.

Isso reflete-se positivamente na experiência da relação entre colaborador e empregador. Além disso, mais do que nunca dados e relatórios de RH serão utilizados nas estratégias empresariais, afinal as empresas estão a perceber o quanto essas informações impactam na tomada de decisão e gestão do negócio.

5. Digitalização de processos
A tecnologia é outra protagonista para o futuro do RH. Mais soluções digitais serão aperfeiçoadas para atender às questões do mercado. Nesse sentido, incentivar a actualização contínua dos colaboradores é essencial e a tendência é que surjam novos cargos mais alinhados com o processo tecnológico. Com isso, a digitalização de processos torna-se num factor primordial para o sucesso dessa implementação.

6. Foco no ser humano/jornada do colaborador
Soluções digitais estão a substituir actividades presenciais, trazendo o foco para a capacidade de execução e envolvimento do colaborador.

A tendência é que se mantenham os encontros virtuais para alinhar a execução de serviços, fazer correção de problemas e obter rotinas mais produtivas. Para o regresso ao local de trabalho, é importante que a empresa apoie medidas de protecção e ofereça equipamentos de proteção individual.

7. Criatividade na execução dos processos
Temos cada vez mais trabalhos que exigem capacidade analítica, poder de decisão e criatividade, e cada vez menos capacidade operacional. Tanto por parte do gestor de RH quanto por parte do colaborador, é preciso desenvolver competências de acordo com a implementação de tecnologias no trabalho.

8. Trabalho colaborativo
Pesquisar as melhores práticas e oferecer mais liberdade de comunicação e interação entre os colaboradores é uma preocupação central na gestão de pessoas. No pós-pandemia, essa abordagem é fundamental para vencer obstáculos do modelo home office e garantir disciplina e concentração para trabalhar.

 

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