Construir o futuro transformando o presente
Lançar o sucesso do presente e as bases do sucesso do futuro de acordo com o lema “Make tomorrow today” tendo em atenção o facto de vivemos numa realidade volátil e de no mundo laboral conviverem três gerações, foi o mote lançado por Diogo Alarcão, country manager da Mercer Portugal, moderador da Conversa a dois, na 10.ª Conferência da Human Resources Portugal, com a presença de Miguel Almeida, presidente da Comissão Executiva da NOS, e Pedro Oliveira, presidente da BP Portugal. «Termos a conviver nas nossas empresas “baby boomers”, geração x e y, sendo que algumas contam já com a participação de milleniuns», refere Diogo Alarcão, questionando «de que forma esta realidade influência a forma como se gere actualmente».
Na visão do country manager da Mercer Portugal, esta confluência de gerações coloca uma série de desafios às organizações e a quem as gere «ao nível da forma como se comunica, como se gerem os benefícios e as compensações e como se interage com os colaboradores». Para Diogo Alarcão, conselheiro editorial da Human Resources, «olhando para esta realidade surge a dúvida do que e como serão as nossas empresas no futuro, de 2020 em diante?»
Para Miguel Almeida 2020 não é amanhã, «2020 é o futuro e é para nós difícil prever o que será a NOS e o universo das telecomunicações, mas uma coisa sabemos, queremos ser uma empresa competitiva no sector com um enfoque no elemento essencial que são as pessoas. Queremos ter sucesso e para isso pretendemos ter uma equipa envolvida com a empresa e focada nos seus objectivos». De acordo com o presidente da Comissão Executiva da NOS, «para alcançarmos sucesso tanto hoje como amanhã temos de estar focados em criar valor. Nascemos de uma fusão, o que foi e tem sido um desafio, mas hoje temos, sem dúvida, a melhor equipa do mercado. E isto, temos a certeza, é o que queremos manter para o futuro».
Quanto à BP Portugal, Pedro Oliveira defende que o futuro será certamente diferente daquilo que achamos dele hoje, dando como exemplo o «derrame no golfo do México, evento perante o qual a empresa teve de se reinventar, focando-se naquilo que faz bem, tendo como base a tecnologia, a digitalização dessa tecnologia e a segurança». Na perspectiva do presidente da BP Portugal, «o futuro será um caminho de continuidade de uma organização feita à imagem da tecnologia e a querer potenciar essa tecnologia como um dos grandes factores da sua diferenciação».
Por Sandra M. Pinto
Homem versus máquina: cooperação, transformação ou tensão?
Pedro Ramos, administrador da Groundforce e conselheiro da revista Human Resources, trouxe-nos a debate o tema ”Como seremos amanhã?” Palavras como: economia da partilha, aumento da longevidade, geração Milénio, empresas virtuais, confiança, foram sustentadas com uma série de estudos internacionais.
Ao longo da apresentação, partilhou de que forma a digitalização vai influenciar o mercado de trabalho e a função de gestor de Pessoas. «Preparar as pessoas para estes novos modelos de organização é o grande desafio de Recursos Humanos».
«Humano versus automação, o caminho é de cooperação, transformação ou tensão?», pergunta Pedro Ramos, deixando espaço para o debate, refere que «a tecnologia é uma extensão da capacidade humana». E conclui com uma frase de Peter Drucker: “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”.
Por TitiAna Amorim Barroso