Como vai evoluir a contratação em Portugal em 2020?
As intenções de contratação são optimistas para o próximo ano. Quase metade das empresas portuguesas prevê aumentar o número de colaboradores no próximo ano. Quem o diz é um estudo da Mercer. Conheça as restantes conclusões.
De acordo com o relatório, «Total Compensation Portugal 2019», que analisou 111.692 postos de trabalho em 430 empresas no mercado nacional, 46% das empresas demonstram intenção de recrutar em 2020.
O mesmo documento mostra que esta percentagem caiu de 53% em 2018, para 44% em 2019. Por outro lado, 47% das empresas pretendem manter o número de colaboradores este ano e 9% prevê a redução do seu número.
Em 2019, cerca de 85% das empresas realizam a sua revisão salarial uma vez por ano. Destes, 32% escolhe o mês de Março para a revisão, 22% opta por Abril e 19% por Janeiro.
Os incrementos salariais rondaram os 2% para quase todos os níveis de responsabilidade, mantendo-se os valores do ano passado. Para 2020, as empresas inquiridas preveem valores ligeiramente superiores relativamente a 2019.
A percentagem de incremento atribuída aos colaboradores é determinada por um conjunto de factores, entre os quais os resultados individuais do colaborador (85%), o posicionamento na grelha salarial (64%) e os resultados da empresa (58%). Outros factores que influenciam os incrementos salariais dizem respeito às directrizes da casa-mãe, equidade interna, orçamento aprovado e acordos colectivos de trabalho. A antiguidade e o nível funcional são os factores que menos influenciam a atribuição do incremento salarial.
O salário base anual dos recém-licenciados, no primeiro emprego, situa-se, regra geral, entre os 12,704 euros e os 16,594 mil euros.
Quanto à população expatriada, a Mercer conclui que é a função de directores de primeira linha que apresenta mais colaboradores expatriados (5%). De seguida, surgem as chefias intermédias, que registam um valor de 3%.
Quais os principais benefícios atribuídos pelas empresas?
A esmagadora maioria das empresas (92%) concede um plano médico aos seus colaboradores. O seguro de saúde para os colaboradores é muito frequentemente extensível aos familiares (69%). Além disso, na maioria das organizações, o custo para o colaborador é totalmente suportado pela empresa (80%).
Pouco mais de 40% das organizações opta por atribuir um plano de pensões. Cerca de 58% dos planos prevê a antecipação da idade normal de reforma (66 anos). Nos planos que concedem benefícios de pré-reforma, a idade prevista varia entre os 50 e 62 anos.
Cerca de 60% das empresas atribui também dias de férias extras, além do regulamentado por lei, o que representa um aumento de 4% em relação a 2018. Em 36%, as empresas pagam cerca de 69% das despesas associadas à educação dos colaboradores. Cerca de 28% atribuem subsídio escolar aos filhos dos colaboradores e cerca de 12% concede subsídios de creche.