Compra de casas por estrangeiros em mínimos desde 2021

Os compradores com domicílio fiscal fora de Portugal adquiriram 2107 alojamentos no segundo trimestre, uma quebra homóloga de 14,5%, tendo representado 4,9% do total, o mais baixo desde 2021, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do INE, de Abril a Junho, 4,9% das habitações transaccionadas em Portugal (2.107) envolveram compradores com residência fiscal fora do país, contra 5,1% no trimestre anterior e 6,6% no período homólogo.

Com 1112 transacções, a categoria União Europeia (UE) representou 2,6% e os restantes países 2,3%, fruto de 995 transacções.

Segundo os dados do INE, o peso relativo das compras por compradores com residência fiscal fora do território nacional foi o mais baixo desde o segundo trimestre de 2021, quando atingiu 4,1%. Este foi o quarto trimestre consecutivo com descidas do peso relativo dos compradores com residência fiscal estrangeira no número total de transacções de habitação em Portugal.

Em sentido inverso, os compradores com residência fiscal em Portugal aumentaram 17,7% entre Abril e Junho, tendo realizado 40.782 transacções. No total, no segundo trimestre transaccionaram-se 42.889 habitações, um crescimento homólogo de 15,5% e em cadeia de 3,7%. Em valor, as transacções registadas ascenderam a 10.270 milhões de euros, mais 30,4% face a idêntico período de 2024.

Por regiões, o Norte, com um total de 12.955 transacções, representou 30,2% de todas as vendas de habitações, uma subida de 0,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Seguiu-se, em termos de número de transacções, a Grande Lisboa, com 8.189 vendas e um peso relativo regional de 19,1%. Também a Península de Setúbal aumentou o seu peso relativo regional, em 0,1 pontos percentuais, representando 9,6% do total de vendas de alojamentos, totalizando 4096 transacções.

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