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Considera-se um bom colaborador? Confira se (não) tem estas 14 características
É quase inevitável que as empresas acabem por ter algumas “maçãs podres”, mesmo após serem seleccionados e formados. O chefe e os colegas sabem quando alguém é bibilhoteiro, preguiçoso ou pouco confiável. Um mau comportamento não passa despercebido, mas a situação torna-se mais complicada quando o problema somos nós.
O FinanceBuzz partilha 14 sinais de um colaborador problemático, para que cada profissional possa analisar o seu comportamento e evitar cometer erros que comprometam o seu lugar na empresa.
Sempre atrasado
Ser pontual é a responsabilidade mais básica de um profissional. Não é difícil nem negociável. Claro que a vida é imprevisível e as emergências podem surgir de vez em quando. Porém, quando isso acontecer, avise a chefia para estar a par da situação.
No entanto, se está constantemente atrasado, isso muda tudo. É um peso para a chefia e para os colegas e mostra que não respeita o trabalho nem a empresa.
Mínimos olímpicos são suficientes
Fazer o mínimo indispensável – também conhecido como “quiet quitting” – não é um objectivo particularmente puxado. No fundo é simplesmente arrastar-se pelo escritório a contar as horas que faltam para sair.
Pode evitar que seja despedido, mas também não o favorece em nada. O chefe vai notar, os colegas também e a sua reputação vai sofrer um golpe severo.
A culpa é dos outros
Assumir os erros é uma das lições mais importantes da vida. Agora que está no mercado de trabalho, a chefia e os colegas não vão tolerar atirar a culpa para cima dos outros.
Aceitar a responsabilidade quando comete um erro e corrigir a situação é uma opção adulta. Comportar-se como uma criança e culpar outra pessoa vai levantar sérias questões sobre a sua capacidade de lidar consigo mesmo.
Os colegas evitam-no
Se ninguém no escritório quer trabalhar consigo, é um sinal claro de onde reside o problema. Talvez um colega recuse, educadamente, uma colaboração ou pode ser que seja mais directo sobre o tema.
Ocasionalmente, é normal haver atritos de personalidade. Ser completamente evitado ou ostracizado pela equipa não é normal. Pode ser a altura ideal para uma conversa com o seu chefe sobre a forma como pode resolver a situação.
Ego
Ter confiança é bom. Ter um ego gigantesco e insuportável não é. Há uma grande diferença entre ter confiança em si mesmo e ser convencido.
Se dá por si a queixar-see – quer seja para si próprio ou para quem quiser ouvir – sobre como os colegas são ignorantes, é altura de olhar bem para o seu próprio comportamento.
Não deixe que a confiança se transforme em arrogância.
Desculpas, desculpas
Isto serve para tudo, desde estar atrasado, esquecer-se de tarefas, até falhar prazos de projectos e muito mais.
Se está sempre a arranjar desculpas para o que fez ou não fez, então, isso é um grande problema. Pode esperar que os outros esqueçam ou perdoem, mas isso não vai acontecer, mesmo que ache que tem razão.
Boatos constantes
Uma coisa é ser um bom comunicador e trocar ideias com os colegas no momento apropriado. Outra coisa bem diferente é estar na liderança do campeonato dos rumores.
As pessoas falam. Isso por si só não pode ser impedido, já que os locais de trabalho são ecossistemas fechados e as pessoas continuam a ser pessoas. Contudo, a bisbilhotice constante e maledicência podem levar a grandes problemas, especialmente se for o principal culpado.
Falar mal dos outros também pode ser visto como bullying ou assédio. Se um colega achar que está a ser alvo, isso pode trazer problemas legais.
Problemas com a autoridade
A menos que seja financeiramente independente, tem de ser capaz de acatar e cumprir ordens. Mesmo os CEO têm de responder a conselhos de administração, que, por sua vez, são responsáveis perante accionistas.
Todos têm um chefe. Não fique na defensiva ou irritado. Se não consegue seguir ordens dos seus supervisores, vai ter muitas dificuldades em manter um emprego estável.
Microgerir os colegas
Os seus colegas já têm um chefe. Se eles procuram o seu conselho, isso é óptimo, pois mostra que é um líder no escritório. Porém, se está constantemente a dar dicas indesejadas – mesmo que pense que está a ser útil ou a dizer às pessoas como fazer as coisas da “maneira certa” do seu ponto de vista -, isso não vai fazer com que seja apreciado por ninguém.
Partilhas em excesso
Ninguém precisa de ouvir os detalhes íntimos da sua vida pessoal num ambiente profissional. Da mesma forma, é pouco provável que os seus colegas se importem com o que comeu ao pequeno-almoço ou qualquer outro detalhe mundano.
Se alguém lhe perguntar, tudo bem, vá em frente. Ainda assim, em termos gerais, ser um tagarela enquadra-se na categoria do “não fazer”.
Curiosidade a mais
Ser curioso sobre a vida pessoal dos colegas é um pouco como o oposto de partilhar em excesso.
Se um colega vem ter consigo com uma questão ou um problema, ou voluntariamente lhe dá detalhes, significa que confia em si para lidar com essa informação. Se não vier ter consigo, paciência.
Não insista, sob nenhuma circunstância, em saber detalhes privados que os seus colegas não se sentem confortáveis a partilhar consigo. O seu chefe também não tem autorização para andar a vasculhar a vida dos elementos da sua equipa.
Não aguentar as adversidades
Os profissionais não deitam a toalha ao chão ao primeiro problema que aparece. Se dá por si constantemente a queixar-se de que as exigências do trabalho são demasiado elevadas, mas os seus colegas conseguem gerir as coisas, o problema pode estar em si.
Se a situação parece grave ou injusta, converse com o seu chefe. Atenção, não faça uma tempestade num copo de água, não é o fim do mundo.
Quebrar as regras da empresa
Violações graves das políticas da empresa levam a despedimento imediata e com justa causa. Ponto final.
Cada empresa e departamento de Recursos Humanos tem um manual do colaborador. Estude-o e conheça-o bem.
Desperdiçar tempo da empresa
As questões pessoais devem ser tratadas no teu tempo pessoal, não durante o horário de trabalho. Claro que emergências acontecem, mas não deve estar a fazer compras online, a enviar mensagens aos amigos ou a pintar as unhas, enquanto está em horário de trabalho.
O mesmo se aplica aos bisbilhoteiros e tagarelas mencionados anteriormente que saltam de colega em colega para conversar.
Em conclusão, é fácil identificar comportamentos problemáticos nos outros. É muito mais difícil reconhecer essas características em nós próprios. No entanto, é possível, especialmente se quer manter o seu emprego e progredir na carreira.
Se se comporta como se as regras não se aplicassem a si, isso pode acabar por ser verdade, porque o seu tempo na empresa está contado.
Para mudar comportamentos é preciso algum esforço. E não tenha medo de explorar uma nova carreira se sentir que será mais feliz, nem todos acertamos à primeira e estamos sempre a tempo de mudar.