Coverflex: Todos os benefícios numa só plataforma

A equipa da Coverflex conta com 71 pessoas a trabalhar remotamente de países como Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Reino Unido, Itália e Brasil.

 

Com a Coverflex é possível às empresas e aos seus colaboradores juntar numa só plataforma todos os benefícios, incluindo subsídio de refeição, seguros e desconto. Para as empresas esta é uma forma de dar mais opções aos trabalhadores; já do lado dos colaboradores, é uma oportunidade de ter acesso a mais valor e criar um pacote de compensação personalizado que cada pessoa pode consumir à sua maneira. Miguel Santo Amaro, co-fundador e CEO da Coverflex, falou com a Human Resources Portugal sobre o tema dos benefícios flexíveis.

 

O que diferencia a Coverflex das demais plataformas na proposta de valor que disponibiliza às empresas clientes?
Construímos a nossa solução em cinco pilares distintos num all-in-one: Benefícios flexíveis, Seguros, Cartão Refeição, Descontos e Budgets. Estes cinco eixos fazem da solução da Coverflex uma plataforma de gestão única no que toca à compensação à medida de cada utilizador; e uma solução simples de usar para os gestores de recursos humanos responsáveis pelo processamento salarial.

A cereja no topo do bolo será, então, a tecnologia, eixo essencial que simplifica os processos e possibilita aos utilizadores um uso e gestão fácil e eficiente dos seus saldos de compensação, sejam eles um seguro, a emissão de um vale Coverflex Infância, ou o acesso a um budget para trabalho remoto, para citar alguns exemplos.

 

No actual contexto, que ajustes levaram a cabo na oferta de benefícios flexíveis?
A Coverflex foi lançada no início de 2021, por isso a nossa solução foi crescendo à medida que se adensava o cenário pandémico. Naturalmente, a ideia inicial do produto que queríamos oferecer aos nossos clientes foi-se alterando de forma rápida, numa tentativa de aproveitar a transformação profunda do mercado de trabalho para podermos ter um fit mais rápido e eficiente às necessidades dos colaboradores que usam a nossa solução.

O vertical de “Budgets” é o nosso mais recente ajuste: uma funcionalidade lançada em Agosto e que permite alocar verbas para despesas relacionadas com determinado objectivo que a empresa quer incentivar – formação, trabalho remoto, nutrição, despesas de representação, para enumerar apenas alguns exemplos. Ao nível de categorias de benefícios flexíveis, englobamos hoje 12 enquadramentos distintos, sendo que é a secção que mais tem evoluído.

 

Alguns destes ajustes tiveram por base o feedback ou sugestões dos colaboradores?
Todos os ajustes que fazemos têm como base a nossa procura por ir ao encontro do feedback dos utilizadores da Coverflex. Estamos atentos ao feedback, temos a agilidade necessária para alterar, de forma rápida, os processos, e temos a perfeita confiança de que o nosso produto foi e continua a ser construído através de uma relação muito próxima e de grande envolvimento entre a equipa da Coverflex e os utilizadores da plataforma, tanto dos managers como dos colaboradores dos diversos clientes.

 

Na vossa perspectiva, quais os benefícios mais valorizados hoje pelas empresas e pelos seus colaboradores?
Em primeiro lugar, é evidente o crescimento da importância dada aos benefícios flexíveis, tanto por empresas como pelos seus colaboradores, nos últimos meses. No primeiro semestre deste ano, as empresas em Portugal investiram mais de 30 milhões de euros em benefícios flexíveis para os seus colaboradores através da Coverflex.

Este valor reflecte um aumento de quase três vezes face a todo o ano de 2021 (11 milhões de euros, via Coverflex).
Entre os benefícios mais usados pelos colaboradores de empresas portuguesas estão o Cartão Refeição, seguidos de serviços relacionados com Saúde e Bem-estar, Vale Coverflex Infância, e Formação profissional.

De acordo com o estudo “O estado da compensação 2021-22”, realizado pela Coverflex, “Despesas com educação e formação”, “despesas de saúde e bem-estar” e “despesas com tecnologia” são os benefícios flexíveis mais usados pelos participantes. Os benefícios mais desejados pelos inquiridos são, por outro lado, as “subscrições” (Netflix, Spotify, etc.) (35,3%), produtos de “poupança e reforma” (35%) e “despesas de saúde e bem-estar” (30,7%).

 

E de que forma favorecem não só os colaboradores, mas também as empresas?
Uma solução de compensação flexível permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento dos seus colaboradores. E, aos seus colaboradores, optimizarem os seus rendimentos, usando-os com liberdade de escolha e adequação às suas necessidades actuais.

Para além de uma maior eficiência fiscal, a nossa plataforma apoia as empresas, pela facilidade que lhes propicia em todo este processo. Por exemplo, integrando os diversos pilares, sempre que for preciso dar entrada ou saída de um colaborador, a plataforma trata de comunicar, pedir ou cancelar cartões de refeição e adicionar ou remover colaborador das apólices de seguros.

 

Num momento em que se fala de “the great resignation”, principalmente nos EUA, uma aposta em benefícios flexíveis pode fortalecer a retenção de talento e engagement dos colaboradores nas empresas?
Sem dúvida. Uma das principais vantagens mencionadas pelos nossos clientes e utilizadores é a simplicidade e a flexibilidade da nossa oferta de benefícios. Isso significa que a adaptação dos utilizadores à plataforma não oferece resistências, por um lado; e que, naturalmente, pelas especificidades do nosso produto, é simples e fácil usar a app e o cartão VISA da Coverflex, o que permite maior liquidez aos colaboradores, ao mesmo tempo que beneficiam de poderem escolher gastar os seus benefícios naquilo que lhes faz sentido nesse momento.

Isso traz uma vantagem competitiva às empresas, no sentido em que centram a sua atenção nas características pessoais de cada um dos seus colaboradores. E isso fá-los sentirem-se únicos e ouvidos, dentro das suas especificidades, mesmo quando integram grandes equipas.

 

Quais os pontos de equilíbrio destes benefícios flexíveis para que sejam uma mais-valia para os colaboradores sem aumentar significativamente os custos e exigências ao nível da gestão?
Todas as categorias de benefícios que a nossa plataforma disponibiliza são, no nosso entendimento e no dos nossos consultores fiscais, isentas de Segurança Social, tanto para a empresa como para o colaborador. Isso significa uma redução dos custos envolvidos na atribuição de benefícios flexíveis, automaticamente.

Algumas das categorias são também isentas de IRS, e até há mesmo as que trazem redução de IRC. Para além dessas, cada empresa pode atribuir verbas alocadas a outras despesas com objectivos definidos que incentivem comportamentos positivos.

 

Independentemente dos benefícios, em última análise, os salários continuam a ser o aspecto mais importante para os trabalhadores. Concorda?
Os números e as conversas que temos mantido, tanto com clientes como com parceiros, dizem-nos exatamente o contrário. O salário tem perdido importância quando o comparamos a questões como a flexibilidade de espaço e de horário de trabalho, com cultura empresarial ou, mesmo, com oportunidades de formação e progressão de carreira. Obviamente, é preciso falar de salário, mas a compensação é muito mais do que um salário, e deve ser olhada de forma holística, considerando as necessidades particulares de cada pessoa, o seu contexto pessoal e familiar, as suas vivências e as suas aspirações.

De acordo com o estudo “O estado da compensação 2021-22”, desenvolvido pela Coverflex e divulgado no final do ano passado, se tivessem a possibilidade de escolher entre um salário bruto de €25 000 anuais ou um salário bruto de €21 000 anuais mais €5000 em benefícios flexíveis (valores que representam o mesmo custo aproximado para a empresa no que respeita à despesa com o colaborador), 55,7% dos participantes optaria pela modalidade de salário e benefícios. Apenas 10% dos participantes admite não ver vantagens associadas a uma política de benefícios flexível.

 

A oferta disponibilizada em Portugal acompanha a realidade nos restantes países?
A oferta de benefícios flexíveis, por estar muito relacionada com vantagens fiscais, está muito circunscrita à realidade jurídica de cada país, por isso varia com as leis de cada realidade. Em matéria de diversidade de benefícios flexíveis, Portugal é um país bastante desenvolvido, ainda que denote algumas lacunas, decorrentes de um código de trabalho datado e ainda pouco adaptado a um mercado laboral global e muito mais flexível.

Por exemplo, neste momento estamos a entrar no mercado Italiano e podemos dizer que o nosso sistema não está atrás da realidade existente por lá. Também em Espanha, aqui ao lado, a realidade não é muito diferente, embora em ambos haja já regulamentação própria no que diz respeito a limites máximos na política de benefícios, por exemplo.

 

Analisando as tendências globais, como acredita que vão evoluir os modelos de benefícios flexíveis em Portugal?
Acreditamos que os modelos de benefícios flexíveis em Portugal vão evoluir rapidamente e de forma cada vez mais personalizada, aliando liberdade de escolha e originalidade.

A vinda de empresas internacionais com realidades diferentes das nossas, a sua capacidade para atracção de talento, assim como a vinda de cada vez mais talento internacional a imigrar para Portugal, irá trazer experiências, hábitos e exigências diferentes às quais o mercado terá de se adaptar.

Na rede de descontos, por exemplo, cada vez mais nos pedem para incluir produtos, serviços e actividades diferentes. Nos seguros existe uma vontade cada vez maior de adaptar a oferta à realidade de cada um.

As empresas começam também a precisar de transmitir uma mensagem forte ao nível de valores e daquilo em que acreditam, e as verbas que alocam aos benefícios remetem exactamente a uma real coerência entre o que dizem e o que fazem.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Benefícios Flexíveis” publicado na edição de Setembro (n.º 141) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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