COVID-19. Turismo de Lisboa defende medidas de apoio às empresas se situação se agravar

O director-geral da Associação Turismo de Lisboa considerou hoje que a actual situação pandémica veio gorar as expectativas “favoráveis” que existiam no sector, defendendo que, se a situação se agravar, devem ser implementadas medidas de apoio às empresas.

 

Em declarações à agência Lusa a propósito das expectativas do sector para a época de Natal e Ano Novo, o director geral da Associação Turismo de Lisboa e presidente da Entidade Regional do Turismo da Região de Lisboa, Vítor Costa, contou que havia uma perspectiva de alguma melhoria depois de um final de verão com alguma retoma, apesar de longe dos números pré-pandemia.

«Contudo, esta última evolução da pandemia que não tem tanto a ver com as nossas medidas em Portugal, mas com a questão geral dos nossos mercados, com as restrições que estão a existir na Alemanha, Inglaterra e Holanda, nossos mercados decisivos, a situação agravou-se», explicou.

Apesar de ainda não conseguir quantificar, Vítor Costa diz que há uma quebra relativamente à perspectiva que havia para este ano.

«Verificámos que a região de Lisboa foi a região que teve mais quebra devido à questão das ligações aéreas e de termos uma componente mais internacional. Lisboa foi a que mais sofreu. A partir de meados do verão, e não foi como no Algarve ou na Madeira, começámos a sentir uma melhoria, mas agora registámos um recuo com cancelamentos de noites em hotéis, na restauração devido a esta quinta vaga», disse.

De acordo com Vítor Costa, as restrições internacionais têm reflexos no alojamento e a situação interna na restauração, com cancelamentos de festas de empresas e jantares.

«A única forma de resolver o problema é ultrapassar a pandemia por todos os meios e de uma forma definitiva para que os clientes voltem. Durante um período alargado, as empresas sobreviveram em parte com as medidas tomadas ao nível do lay-off, das moratórias, de vários apoios, mas as medidas estão a chegar ao fim e impõe-se a revisão de algumas e manutenção de outras», sublinhou.

Se a situação se prolongar, frisou Vítor Costa, «vão ter de ser encaradas outras medidas, prorrogar o lay-off e outras de apoio à tesouraria», salientou.

Vítor Costa lembrou que as empresas já não têm reservas e as que tinham ganho podem perdê-las se a pandemia COVID-19 se agravar.

Sobre as perspectivas para 2022, o director-geral da Associação Turismo de Lisboa considera que estarão sempre dependentes do evoluir da pandemia.

«Cada vez que a pandemia melhora verifica-se uma reacção imediata de procura. Entre o verão e agora houve um suplemento de alma com a vinda de mais clientes, que deu algum ânimo, oxigénio, às empresas. Precisamos que a pandemia fique controlada», disse.

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