Dois em cada cinco profissionais pensam abandonar os seus empregos nos próximos três a seis meses. Saiba porquê (e em que sectores a tendência mais de faz sentir)

O novo estudo da McKinsey & Company “The Great Attrition is making hiring harder. Are you searching the right talent pools?” revela que desde 2021, e apesar das mudanças significativas na economia, a percentagem de trabalhadores que planeia deixar os seus empregos mantém-se inalterada em 40%. Segundo a amostra do inquérito realizado pela McKinsey, que incluiu mais de 13 mil trabalhadores em seis países, dois em cada cinco inquiridos afirmaram estar a ponderar deixar os seus empregos nos próximos três a seis meses.

Os dados do estudo mostram que 48% dos trabalhadores estão a demitir-se e a mudar para outras empresas em sectores diferentes.

Dos trabalhadores que se demitiram sem perspectivas de um novo emprego, 47% optaram por regressar à força de trabalho. Contudo, apenas 29% regressaram ao emprego tradicional a tempo integral.

Muitas pessoas estão a demitir-se não por terem em vista outro emprego, mas devido às exigências da vida, precisam de cuidar de crianças, de idosos ou de si próprios.

Segundo o estudo, líderes pouco preocupados e pouco inspiradores são das maiores razões pelas quais as pessoas deixaram os seus empregos, juntamente com a falta de desenvolvimento de carreira. A flexibilidade, por outro lado, é um dos principais motivos para permanecer.

Com este cenário, as empresas já não podem assumir que conseguem preencher as vagas com trabalhadores semelhantes aos que saem. Globalmente, apenas 35% dos profissionais que se demitiram nos últimos dois anos aceitaram um novo emprego no mesmo sector.

Nas finanças e seguros, por exemplo, 65% dos trabalhadores mudaram de sector ou não regressaram ao mercado de trabalho. No sector público e social, o êxodo foi ainda maior, com 72%.

Nas viagens, na saúde e no retalho, sectores fortemente atingidos durante a pandemia, pelo menos 18% dos inquiridos que abandonaram os seus trabalhos estão a optar por renunciar totalmente ao emprego.

Líderes pouco preocupados e pouco inspiradores são das maiores razões pelas quais as pessoas deixaram os seus empregos, juntamente com a falta de desenvolvimento de carreira. A flexibilidade, por outro lado, é um dos principais motivos para permanecer.

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