É na diferença que está o ganho!
Por Ana Senra, responsável de Recursos Humanos da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados
Um dia perguntaram-me o que procurávamos nas pessoas que trabalham connosco, por terem formações e percursos de vida e académicos tão distintos. Esta questão deixou-me a pensar. Não pela pergunta em si, que era aparentemente simples de responder, mas porque de facto não tinha considerado, até aquele momento, que a riqueza desta (e de qualquer) organização reside no facto de as pessoas serem tão diferentes entre si.
A riqueza que nos traz a convivência com pessoas de idades, culturas, histórias de vida e caminhos diferentes que, em dado momento, se encontram numa organização e que estão alinhadas de acordo com os seus objectivos de desenvolvimento pessoal e profissional, rumo ao futuro. A partilha de ideias, de conhecimentos e vivências são um contributo tão valioso para o sucesso de cada projecto. Valorizar essas diferenças, permitindo às estruturas organizacionais poderem concentrar-se em formar equipas fortes, resilientes, criativas e focadas na excelência do seu desempenho, sem ficarem estagnadas nas características inerentes à individualidade de cada um.
Por outro lado, termos a possibilidade de construir, a cada dia, um espaço colaborativo, assente numa cultura humanista, que acolhe, aceita e respeita cada pessoa, independentemente das suas diferenças físicas, culturais ou sociais, no qual se sinta confortável em poder evidenciar os seus pontos fortes e melhorar as suas fragilidades, com igual apoio e oportunidade, é muito motivador e enriquecedor. Porque a fraqueza de um pode ser o ponto forte de outro e assim complementarem-se.
A cultura organizacional reflecte não apenas as experiências e interacções das pessoas que lá trabalham, mas também a sociedade à qual pertence. E todos querem trabalhar num lugar onde se sintam respeitados e valorizados pelo que os torna únicos e especiais.
Hoje, mais do que nunca, a integração da diferença assume elevada importância no processo de transformação pessoal e profissional, permitindo a conexão entre as mudanças de contexto social e os objectivos individuais e colectivos, tornando as organizações mais ricas, competitivas e sustentáveis. Porque, na vida e em sociedade, é na diferença que está o ganho!