É nestas três áreas que vão estar as carreiras do futuro. Uma é tecnologia. Adivinha as outras duas?

As oportunidades e desafios do mundo do trabalho indicam que as carreiras do futuro irão emergir das áreas da sustentabilidade, tecnologia e luxo. Transversalmente, as competências mais procuradas no talento estarão, sobretudo, conectadas com as estratégias de impacto social das empresas e com o valor que a empatia humana pode trazer às equipas.

 

Estas são as conclusões retiradas da Epic Speaker Summit, o primeiro evento da consultora estratégica de talento The Epic Talent Society, dedicado às componentes que serão fundamentais no progresso dos percursos profissionais e sucesso das organizações.As inúmeras possibilidades que o futuro oferece podem provocar falta de direcção aos profissionais e organizações, no entanto, a aposta nas áreas certas é crucial para encontrar novos caminhos no mundo do trabalho que facilitem a resposta a problemas do presente, como a escassez de talento.

A Epic Speaker Summit contou com a presença de vários oradores. Segundo Tiago Forjaz, fundador da consultora The Epic Talent Society, «quando se fala do futuro do trabalho, as pessoas tendem a entender que esse desafio é mais longínquo do que realmente é, e, na verdade, esse futuro é já amanhã. Por esse motivo, é necessário mudar a perspectiva e aproximar estes desafios para uma fronteira entre o presente e o futuro. Para além das competências humanas, que podem ou não estruturar-se em carreiras (veja-se o caso da Ética), existem skills e protocolos de trabalho libertadores de potencial humano. Técnicas e protocolos como o improviso são um bom exemplo disso».

No âmbito das carreiras do futuro, a sustentabilidade surge não só na perspectiva da necessidade de concretização de ideias que possam tornar um negócio mais sustentável, na visão de Luís Rochartre, mas também na vertente do desafio que a mobilidade representa para as cidades que estão em constante crescimento, ideia complementada por Tiago Lopes Farias.

Ricardo Negrão destacou também a importância de uma boa estratégia de cibersegurança que garanta a protecção dos activos empresariais contra a inevitabilidade dos ataques cibernéticos, e Bernardo Caldas introduziu a exploração do potencial de recursos tecnológicos como data e inteligência artificial para o bem comum.

Adicionalmente, a área do luxo também foi abordada por Elói Gonçalves Pardal, demonstrando como é impreterível a mudança de paradigma acerca do que é entendido como luxo, na construção de produtos de qualidade exclusiva cada vez mais diversos.

Com maior foco na componente humana a partir da qual os profissionais devem encarar a sua vida e as suas organizações, seguiram-se as intervenções dedicadas às «competências de fronteira». Na perspectiva do papel que o indivíduo tem perante o outro, Pedro Carmo Costa explorou o verdadeiro intuito da tendência da inclusão e diversidade, que deve começar pela consideração das pessoas que já estão dentro das empresas, e Duarte Fonseca dá continuidade ao tema, abordando o significado do impacto social que pode ser gerado a partir deste passo inicial.

O preconceito foi, igualmente, um conceito tratado neste sentido ao nível da normalização dos problemas da saúde mental, por Marta Rebelo, e da essência da alofilia, por Mónica Lucena, em intervenções que trouxeram ao público a noção de que a empatia será um dos maiores valores em voga no mundo do trabalho.Seguindo esta linha de pensamento, os oradores falaram, ainda, de capacidades subjectivas que cada vez mais ganham peso no mercado, nomeadamente, o improviso (João Peral) e a consciência (José Pedro Cobra), que partem da necessidade de conexão do indivíduo com os seus sentimentos e objectivos para ter confiança e destreza de resolver acontecimentos inesperados.

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