Entrevista a Francisco Gonçalves Pereira, Preveris: O imperativo de investir na saúde e no bem-estar dos colaboradores
Prevenir e verificar. É destes dois conceitos que nasce a marca Preveris, lançada no mercado no passado dia 7 de Junho, uma marca que representa a «união da experiência de equipas comprometidas em marcar a diferença na prevenção, saúde e bem-estar junto das empresas», para que adoptem uma visão mais abrangente da saúde ocupacional. Francisco Gonçalves Pereira, o presidente da Comissão Executiva, traça o retrato do sector.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
A Preveris resulta da união entre duas marcas da CUF – a Sagies e a Atlanticare, com o objectivo de «reforçar a presença do Grupo no sector da medicina ocupacional, da prevenção, da saúde e do bem-estar», e contribuir para a «valorização deste sector, criando valor para as empresas – e, por conseguinte, para o país –, ao contribuir para a prevenção das doenças profissionais e para a diminuição da sinistralidade e do absentismo, o que se reflecte na melhoria dos índices gerais de produtividade e na retenção de talento».
Francisco Gonçalves Pereira é quem o garante, mas não esconde que «muitas empresas tendem ainda a focar-se quase exclusivamente no cumprimento da legislação em vigor, não parecendo valorizar os benefícios que a saúde e segurança podem trazer para o seu negócio». O que é um erro, visto que as «empresas, que estão na linha da frente na valorização desta actividade são também as mesmas empresas que tendem a aparecer em posições de liderança em vários indicadores de qualidade das empresas.»
A marca Preveris foi lançada no mercado no passado dia 7 de Junho. Este nome tem algum significado especial?
A marca Preveris nasce da junção dos conceitos Prevenir e Verificar. “Prevenir” está directamente associado à saúde preventiva, a qual nos parece fundamental assegurar de forma muito mais alargada em Portugal. De alguma forma, é essa a nossa missão. “Verificar” reflecte o processo pelo qual a prevenção é assegurada: certificando que os colaboradores têm boas condições de saúde (através de consultas e exames) e que as condições de trabalho na empresa são as mais adequadas (através da avaliação pelos nossos técnicos especializados).
Como surge esta nova empresa e com que propósito? Resultou de uma necessidade ou oportunidade que detectaram no mercado?
A Preveris resulta da união de duas marcas de sucesso: a Sagies, empresa desde sempre detida pela CUF, e a Atlanticare, adquirida pela CUF em 2023. Com uma experiência acumulada de mais de 50 anos e o legado de experiência, rigor e confiança da CUF, esta união representa a soma desse conhecimento, numa nova marca que tem por objectivo reforçar a presença do Grupo no sector da medicina ocupacional, da prevenção, da saúde e do bem-estar das empresas portuguesas. Tem uma oferta de serviços diferenciados, equipas altamente qualificadas e aposta em novas tecnologias e serviços clínicos de elevada qualidade. Disponibilizamos serviços de Saúde no Trabalho, Segurança no Trabalho, Formação Certificada e Serviços Clínicos de Prevenção, entre vários nas áreas da Saúde e Bem-Estar.
A Preveris complementa assim o propósito da CUF de estar cada vez mais próxima das pessoas no contínuo de cuidados de saúde, desde o momento da prevenção.
Que objectivos pretendem alcançar, a curto, mas também mais a médio-longo prazo?
A Preveris disponibiliza uma vasta gama de serviços, que vão desde o simples cumprimento de obrigatoriedades legais – saúde no trabalho, segurança no trabalho e formação – até uma oferta completa e diferenciada nas áreas da prevenção e saúde, que engloba check-ups, programas de saúde mental, serviços de telemedicina, consultas de medicina geral e familiar, para além de criar soluções de saúde e prevenção que respondam às necessidades específicas de cada empresa.
Através de uma rede nacional, que vai a caminho dos 30 centros clínicos autorizados, de quatro unidades móveis de saúde e do acesso à rede de hospitais e clínicas da rede CUF, a Preveris assegura a prestação de todos os serviços de prevenção, saúde e bem-estar, com uma cobertura geográfica de norte a sul do País, para empresas de diferentes dimensões e com diferentes necessidades.
O que pretendemos é ser a união da experiência de equipas comprometidas em marcar a diferença na prevenção, saúde e bem-estar junto das empresas e dos seus colaboradores, contribuindo para a valorização deste sector, criando valor para as empresas – e, por conseguinte, para o país –, ao contribuir para a prevenção das doenças profissionais e para a diminuição da sinistralidade e do absentismo, o que se reflecte na melhoria dos índices gerais de produtividade e na retenção de talento. Estes são objectivos que unem as nossas equipas e que as motivam.
Já liderava a Atlanticare e a Sagies, mas esta acaba por ser uma nova realidade. Quais têm sido os principais desafios iniciais?
Para além do nascimento de uma nova empresa, de uma nova marca, partilhamos uma visão e uma missão. A nossa proposta de valor para o mercado é robusta, como é visível pelos rápidos resultados alcançados – actualmente, mais de 25% das 100 maiores empresas que actuam em Portugal são nossos clientes. Claro que a fusão acarreta naturalmente desafios, desde logo os tradicionais nestes casos – integrar equipas, integrar sistemas, etc –, mas julgo que, pela soma do conhecimento, experiência e empenho das equipas de ambas as empresas, rapidamente ficou evidente para os clientes a proposta de valor diferenciadora que trouxemos.
Que prioridades de acção definiu?
A nossa prioridade fundamental foi promover a coesão das equipas, como factor crítico de sucesso de qualquer organização, indutor de um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. A integração de novas pessoas foi feita através de um processo estruturado, que permitiu aos novos membros da equipa conhecerem a cultura de 79 anos do Grupo CUF, os seus valores e história, mas também contribuírem para enriquecer ainda mais esse legado.
A CUF tem também, hoje, um conjunto alargado de medidas concretas de apoio aos seus colaboradores, que foram muito valorizadas e ajudaram ainda mais a que todos se sentissem bem-vindos e valorizados desde o início.
Paralelamente, e desde o primeiro dia, defini pelouros integrados na Comissão Executiva, o que facilitou a definição gradual de um modelo de trabalho que beneficia do melhor que se fazia nas duas empresas. Estabelecemos ainda uma prioridade de comunicar com os nossos clientes a proposta de valor reforçada que agora apresentamos.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Agosto (nº. 164) da Human Resources, nas bancas.
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