Esta é a geração mais insatisfeita a nível profissional. E não está disposta a ficar em empresas que não tenham um claro sentido do propósito

O estudo anual sobre tendências de benefícios dos trabalhadores da MetLife, Inc. revela que os “Zillennials”, uma microgeração nascida entre 1993-1998,  é a que está menos satisfeita profissionalmente, mais de metade (53%) diz que ter um emprego que não os realiza é actualmente uma das maiores causas de stress.

 

Enquanto continuam a lutar contra o esgotamento (burnout) e o isolamento social dois anos após o início da pandemia, com 53% a procurarem ajuda para a saúde mental no último ano, os Zillennials têm uma opinião mais vincada, face aos outros trabalhadores, de que o seu empregador está a fazer apenas o “mínimo possível” para os ajudar a adaptar-se aos novos contextos de trabalho (41% vs. 36%, respectivamente). O resultado é que os Zillennials são agora mais criteriosos do que outras gerações na avaliação dos seus empregadores, considerando todos os aspectos da experiência laboral, além dos benefícios tradicionais.

O estudo mostra que os Zillennials estão interessados em empresas que proporcionam um claro sentido de propósito, com menos de metade (46%) dispostos a permanecer numa empresa que não tem um propósito empresarial claro e positivo (contra 57% de todas as gerações).

As novas necessidades da Zillennials vão além dos benefícios tradicionais: incluem um maior interesse na posição do empregador face a questões ambientais e éticas (45%), bem como de diversidade, equidade e inclusão (40%), expectativas “obrigatórias” para este grupo etário. Segundo o estudo, esta mudança é consistente nas outras gerações, em particular, os trabalhadores mais jovens, que estão a expressar prioridades semelhantes em 2022.

De acordo com o relatório, o reconhecimento da importância da vida pessoal, e as políticas que colocam limites ao horário de trabalho dos trabalhadores, aumentaram em importância nos últimos dois anos (em 13% e 11%, respectivamente).

O relatório aponta como caminho uma abordagem holística aos benefícios, um em cada quatro Zillennials (27%) diz ter considerado mudar de emprego devido à oferta de um pacote de benefícios melhorado (vs. 19% de todos os trabalhadores). Os benefícios tradicionais continuam a assumir grande importância para os Zillennials; isto é particularmente verdade no caso de seguros de vida e seguros de hospitalização, que saltaram 25 pontos percentuais, 23 pontos percentuais, e 19 pontos percentuais desde 2017 entre esta faixa etária, respectivamente.

Quando questionados sobre que benefícios melhorariam o seu bem-estar, os Zillennials apontaram como principais prioridades as licenças pagas e não pagas (74%); programas de equilibro da vida profissional e pessoal (67%); benefícios de bem-estar mental, incluindo programas de assistência e reembolso de sessões terapêuticas (62%); e programas de apoio às suas necessidades financeiras (55%), como principais prioridades.

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