Esta função é cada vez mais reconhecida e 22% dos actuais CEO já a ocupou

Cerca de 22% dos actuais CEO já ocuparam o cargo de CFO. Empresas como a Oracle, PepsiCo, Deutsche Bank, Hertz ou BBVA são exemplos da evolução da liderança estratégica C-Level, de CFO para CEO. Os dados são do mais recente estudo da Page Executive “A Revolução de uma Função”, sobre o papel do Chief Financial Officer (CFO).

 

O estudo, que retrata a evolução significativa do CFO e o seu crescente impacto nas decisões estratégicas das empresas, mostra que os CFO estão cada vez mais no centro das transformações empresariais, e a função ganhou um novo patamar de reconhecimento, consolidando-se como peça-chave para liderar as organizações.

O estudo, realizado em 25 países de todo o mundo, incluindo Portugal, destaca como os CFO estão a adaptar as suas competências para liderar na era da digitalização, em que é essencial uma abordagem baseada nos dados, e gerir perante a incerteza económica.

O domínio de competências necessárias ao papel de CEO, como a capacidade de determinar impulsionadores de valor de negócio, a liderança consciente ou o cuidado na comunicação com os investidores, além do investimento em formação, como a realização de um MBA, são factores que contribuem para a evolução da carreira, e impulsionam a mobilidade do CFO para assumir funções de topo, como a de CEO.

Os resultados da análise revelam uma tendência na transformação da função em todo o mundo. Com a complexidade dos mercados globais e com o foco na monitorização de custos e rentabilidade, os CFO estão cada vez mais preparados para assumir o papel de CEO, e a gerirem temas de relevância para as organizações, tais como Risco, Digitalização, Relações com os Investidores, Compliance, Tecnologia ou M&A.

Os profissionais têm desenvolvido nos últimos anos o pensamento estratégico para analisar dados complexos, avaliar riscos e desenvolver planos de crescimento para garantir a saúde financeira sustentável da organização a longo prazo.

O estudo indica ainda que, em 2022, 8,1% dos CEO de empresas listadas na Fortune 500 e S&P 500 tinham experiência prévia como CFO, um aumento significativo em comparação com 6,2% em 2017.

«O CFO de hoje tem uma capacidade ímpar para analisar e extrapolar decisões de grandes e complexas matrizes de informação, estando estatisticamente mais ciente e atento do que os seus pares, aos movimentos macroeconómicos, aportando decisões que visem, não só, a melhoria de rácios das organizações através da temperança e previsibilidade que aporta aos mercados e investidores, mas também os desvios inesperados a que todos já nos vamos habituando», afirma Tiago Henriques, associate partner da Page Executive.

«Adquiriu a capacidade para sintetizar de forma credível, articulada e sustentada quais os caminhos a seguir para tornar mais credível e forte uma empresa», acrescenta.

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