Esta gigante tecnológica garantiu que não vai impor regra de cinco dias no escritório

Ao contrário das políticas de regresso ao escritório da Amazon e da Dell, a Microsoft redobra o seu compromisso com uma abordagem de trabalho flexível.

 

A tecnológica decidiu que, pelo menos por enquanto, não pretende incutir uma política obrigatória de regresso ao escritório de cinco dias por semana, avança a tech.co, contrariando as decisões tomadas por vários players do sector, como a Amazon que exigiu há poucas semanas o regresso de todos os colaboradores ao escritório.

A Microsoft não garantiu que não tomará medidas mais drásticas no futuro, no entanto, assegura que o trabalho híbrido permanecerá em vigor enquanto os níveis de produtividade se mantiverem.

Fontes anónimas dentro da organização disseram ao Business Insider que Scott Guthrie, vice-presidente executivo do Microsoft Cloud + AI Group, informou os colaboradores da empresa que a empresa só eliminaria o direito ao trabalho híbrido se os níveis de produtividade diminuíssem, posição confirmada posteriormente por um porta-voz da empresa.

“Mais empenhados, mais produtivos, mais conectados”

O compromisso contínuo da Microsoft reforça a retórica anterior da empresa em relação a acordos de trabalho híbridos e remotos, entre outros.

No mês passado por exemplo havia um total de 530 vagas de empregos totalmente remotos na Microsoft, significativamente mais do que empresas como a Google e a Apple, e inclui funções tão variadas como gestor de Marketing de Produto, engenheiro de Software e especialista em dados de Saúde e IA.

Em Agosto, Keith Boyd, director sénior da Microsoft Digital, publicou no blogue da empresa um texto intitulado “Reinventar a experiência dos colaboradores da Microsoft para um mundo híbrido”.

Nele, fala sobre como a mudança para o trabalho híbrido durante e após a pandemia “serviu como um acelerador para os nossos esforços de revolucionar a experiência dos colaboradores e dos clientes”, enquanto reconhece os riscos representados pela falta de colaboração presencial.

Porém, em última análise, reforçou a ideia do trabalho híbrido como um passo necessário que empresas como a Microsoft devem dar para evitar que os bons colaboradores queiram “partir para um concorrente que tenha um modelo mais sofisticado e flexível”.

O grande regresso ao escritório

Nos anos que se seguiram à pandemia, muitas empresas tecnológicas acabaram com o trabalho remoto e outras estão agora a começar a pôr fim aos acordos de trabalho híbridos.

A Amazon foi um dos exemplos mais recentes, sendo que a partir de Janeiro, todos os colaboradores devem trabalhar 100% presencialmente. A Dell fez o mesmo na semana passada, mas com um prazo mais curto. O fabricante de computadores exigiu que os colaboradores regressassem ao escritório cinco dias por semana… a partir do passado 30 de Setembro.

Ler Mais