Este presidente executivo garante que tem a solução para o debate sobre o trabalho remoto
Trabalhar a partir de casa nem sempre é a opção ideal para os profissionais. É o caso de Mark Dixon, presidente executivo da IWG (International Workplace Group), fornecedor de espaços de escritório do mundo, mas apresenta uma solução, reporta o The Guardian.
«Distraio-me com muita facilidade. É preciso ser bastante disciplinado para ser um trabalhador remoto bem-sucedido, seja por um ou por cinco dias.»
O empresário nascido em Essex é presidente executivo da IWG, anteriormente conhecida como Regus e avaliado em 1,6 mil milhões de libras, desde que lutou para encontrar um “pequeno escritório de qualidade” para arrendar para o seu próprio negócio em Bruxelas, em 1989, e percebeu que as pessoas realizavam reuniões de trabalho em mesas de cafés.
Embora trabalhar em casa não seja solução para Dixon, acredita em algo que poderia ser chamado de “trabalhar mais perto de casa”. Esta visão faz com que os trabalhadores evitem as deslocações longas e dispendiosas e estejam com os colegas num espaço de trabalho local.
«Cada vez mais vemos empresas a converterem-se a uma noção simples. “Não preciso de uma grande sede… Preciso de hubs e vou apenas utilizar o espaço numa plataforma onde as pessoas precisarem dele”», diz Dixon.
De acordo com os últimos números do Gabinete Nacional de Estatística, o trabalho híbrido tornou-se o padrão para mais de um quarto (28%) dos trabalhadores na Grã-Bretanha, Desde a pandemia, e Dixon acredita que o fim dos grandes escritórios no centro da cidade está próximo.
Desde a Covid, cerca de 80% dos 900 locais que a IWG abre globalmente todos os anos são em subúrbios ou cidades mais pequenas, com apenas 20% em centros urbanos.
O gestor insiste que os dias regulares e programados no escritório são mais eficazes para os colaboradores, que se habituaram a trabalhar em locais diferentes, do que exigir a presença no escritório durante um certo número de dias por semana.
«Na verdade, é muito melhor dizer: “Quero que todos estejam no escritório na segunda quinta-feira do mês”», assegura, «onde é possível dar feedback, analisar propostas, fazer brainstorming, encontrar colegas, seja um dia ou quatro dias por mês». E acrescenta: «É uma curadoria, e não esta ideia de que tudo pode ser feito por acaso.»