Estes mindsets tóxicos podem prejudicá-lo no trabalho, alerta especialista

A sua reputação profissional levá-lo-á mais longe na sua carreira do que apenas a sua formação e competências, avança a CNBC Make it. Por isso é importante ter “estatuto” no local de trabalho — ou seja, influência na tomada de decisões e o respeito dos seus colegas — diz a psicóloga organizacional Alison Fragale.

Alison Fragale, psicóloga organizacional na UNC Kenan-Flagler Business School e autora de “Likeable Badass: How Women Get the Success They Deserve”, passou os últimos 20 anos a investigar a influência e o poder, e diz que, no geral, os problemas profissionais das pessoas se devem, pelo menos em parte, à percepção que têm no trabalho.

«O estatuto é aquilo a que os psicólogos chamam uma necessidade humana fundamental, o que significa que todos o procuramos», diz Fragale. «Todos procuramos ser respeitados de diferentes formas por pessoas diferentes, mas quando sentimos que somos respeitados e valorizados por públicos importantes, esta é a receita para uma vida mais satisfatória, tanto física como mentalmente.»

E partilha quatro mentalidades limitadoras que deve abandonar para aumentar o seu estatuto e tornar-se realmente bem-sucedido.

Não quero saber do que os outros pensam de mim

Ser verdadeiro no trabalho — em vez de tentar ser uma versão “mais profissional” de si mesmo — é geralmente visto como algo bom. Mas se a sua mentalidade de “não me importo com o que os outros pensam de mim” fizer com que comece a ignorar totalmente o feedback, terá problemas com muito mais facilidade, explica Fragale.

Os locais de trabalho prosperam com a construção de relações e a colaboração entre profissionais. Se os seus colegas de trabalho — ou, pior, o seu chefe — acharem que está a ignorar o feedback, podem começar a considerá-lo arrogante ou difícil de trabalhar, limitando as suas oportunidades de mobilidade profissional.

«O que as outras pessoas pensam de nós contribui largamente para a nossa qualidade de vida», diz Fragale. Quanto mais mostrar que aceita e implementa bem o feedback, mais demonstrará a sua inteligência emocional e ganhará a confiança dos seus colegas.

Não tenho tempo para isso

Actos simples podem ajudar a elevar o seu estatuto no local de trabalho, como por exemplo, marcar um café com um colega ou ajudar um novo colaborador com uma tarefa. Vale a pena reservar tempo para estes momentos na sua agenda preenchida, aconselha Fragale.

Se não o fizer, pode sofrer consequências indesejadas, acrescenta: Se o seu chefe achar que está demasiado ocupado para reservar 20 minutos para um café, pode não lhe atribuir novos projectos que poderiam fazer com que fosse considerado para um aumento ou promoção.

Reserve tempo na sua agenda para construir reputação, aconselha Fragale: «Encontre algo a que eu chamaria um cultivo diário — um hábito diário ou dois que possa praticar que construiriam o seu estatuto.»

Pode dedicar algum tempo a debater ideias para a sua próxima reunião de equipa ou fazer cursos ou workshops para desenvolver as suas competências. E quando estiver realmente ocupado, tente não se apresentar dessa forma, acrescenta: Transmitir confiança, mesmo que se esteja a sentir assoberbado, pode ajudar os outros a vê-lo de uma forma mais positiva.

Não quero ser alguém em busca de estatuto

Tentar fazer boa figura no trabalho não é necessariamente uma má ideia, diz Fragale.

Demonstrar os seus pontos fortes, fazer ouvir a sua voz e mostrar-se confiante perante a chefia e colegas permite-lhes saber que «a forma como se apresenta a eles é importante para si e é intencionalmente honesto consigo mesmo, de forma a tirar o máximo de proveito», explica.

Pode procurar o estatuto sem criar uma imagem falsa de si mesmo ou tentar manipular a percepção das pessoas sobre si, acrescenta Fragale.

«A razão pela qual as pessoas são tão avessas à ideia de “Estou deliberadamente a tentar gerir a minha reputação” é assumirem erradamente que isso significa que perderam a sua autenticidade no processo.»

Sou um impostor

Até o seu chefe pode sofrer da síndrome do impostor. Segundo um inquérito da Korn Ferry de 2024, pelo menos 71% dos CEO nos EUA afirmam-no.

Os seus próprios sentimentos de dúvida são provavelmente um subproduto da exploração de novas responsabilidades e do esforço para sair da sua zona de conforto, diz Fragale. Adoptar esta mentalidade pode ajudá-lo a ir além do pensamento “não consigo” e aproximar-se do “vou descobrir como conseguir fazer”.

Ler Mais