Executivos acreditam que a IA está a aumentar a produtividade dos colaboradores. Mas admitem dificuldades
A Inteligência Artificial (IA) já está a ter um impacto relevante na operação das empresas em todo o mundo e, de acordo com 74% dos participantes no Global Tech Report da KPMG, está a contribuir para um aumento de produtividade dos seus colaboradores.
Apesar da sua importância, há ainda dificuldades em colocar em prática algumas funcionalidades da IA, com apenas 31% a conseguirem escalar esta tecnologia para uma produção em larga escala, a somar ao facto de 77% dos inquiridos mostrarem preocupação relativamente à possível redução de postos de trabalho devido à IA.
Este estudo anual envolveu 2450 executivos especialistas em tecnologia, oriundos de 26 países, e analisa as estratégias tecnológicas adoptadas por organizações em todo o mundo. Entre as principais conclusões deste documento destaca-se ainda o facto de 87% dos inquiridos relatarem um aumento dos lucros devido aos seus investimentos em tecnologia, o que representa um crescimento significativo de 25% em comparação com o de 2023.
Apesar da crescente importância do investimento em tecnologia e de 78% dos inquiridos revelar que estão a ter dificuldades para acompanhar o ritmo atual de mudança no mundo, as empresas estão a procurar priorizar uma estratégia tecnológica mais focada e alinhada com os objeCtivos de negócio.
Um dos temas mais destacados ao longo deste documento foi a temática dos dados, vistos como fundamentais para o processo de transformação digital e para o aproveitamento do valor dos investimentos em tecnologia. O inquérito mostra que os executivos consideram a segurança dos dados uma prioridade, com 35% dos inquiridos a afirmar que irão concentrar-se em melhorar a proteção dos seus dados nos próximos 12 meses, e 33% a dar prioridade à acessibilidade e à democratização dos dados.
A cibersegurança continua a ser vista como uma componente essencial para as empresas, sendo identificada, juntamente com a questão da privacidade, como os fatores com maior probabilidade de travar um programa de transformação digital.
Neste campo da transformação digital, o relatório revela-nos também alguns desafios: 80% dos executivos afirmam que a aversão ao risco faz com que a liderança da organização reaja mais lentamente comparativamente aos seus concorrentes. Além disso, uma governação e coordenação deficientes aparecem no topo dos três desafios mais difíceis que prejudicam o progresso da transformação, com 59% a afirmar que a tomada de decisões centralizada reduz a capacidade da sua organização para responder aos sinais do mercado e adoptar novas tecnologias.