Faltam três milhões de profissionais neste sector

A falta de mão-de-obra continua a agravar-se no sector da cibersegurança. De acordo com uma análise da Payroll Services Alliance (PSA), divulgada pela Seresco, estima-se que sejam necessários três milhões de profissionais em todo o mundo. 

 

«Os perfis destes profissionais incluem formação superior e licenciatura, bem como experiência acima de uma década, justificando os ordenados elevados praticados e a escassez estimada de três milhões de profissionais em todo o mundo», afirma-se.

Contas feitas, a PSA conclui que cerca de 39% destes profissionais tem licenciatura e outros 34% mestrado e experiência profissional de cerca de 13 anos, o que explica o salário médio anual nesta área. Nos Estados Unidos, paga-se, em média, 76.700 euros anuais a estes profissionais.

Segundo o relatório, a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) e os Baby Boomers (1946-1964) representam 49% da força de trabalho em cibersegurança, enquanto os Millennials (1981-1994) e a Geração Z (1995-2012) assumem um peso de 35%. Nesta área, as mulheres representam apenas 24% da força de trabalho.

No futuro, prevê a Seresco, «algumas das profissões cujos indicadores nos dizem que serão mais apelativas dentro do que é o mercado de cibersegurança são as de Cloud Computing Segurity, Penentration testing,  Threat Intelligence Analysis, Forensis e, mais importantes no que diz respeito a especialização e aumento da procura, Governance Task Management and Compliance, Security analysis, Risk assessment, Analysis and Management e Security Engineering».

O uso da Inteligência Artificial, das tecnologias cognitivas e da robótica para automatizar e aumentar o trabalho estão «em plena ascensão» e, por isso, o redesenho de empregos em vários sectores é já uma realidade. Segundo a Seresco, os empregos com maior procura e aumento de remunerações são os empregos “híbridos”, ou seja, os que reúnem habilidades técnicas, incluindo operações a nível de tecnologia, análise e interpretação de dados, com habilidades «mais leves», em áreas como comunicação, serviço e colaboração.

A Seresco faz também notar que «as empresas estão cada vez mais sociais». «Há uma década, as redes sociais eram relativamente novas, mas hoje, após o boom do digital, estas mesmas redes sociais são o centro do marketing e são a ferramenta usada para obtenção de algumas vantagens competitivas.»

Acrescenta ainda que, esta realidade obrigou a uma importante alteração da vida: os colaboradores deixaram de “ser locais” e muitas são já as empresas que trabalham com funcionários de várias partes do mundo.

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